Os preços da soja operam em alta nos futuros de Chicago nesta manhã de quarta-feira – mais 10 cents, a U$ 13,63/setembro. Ontem, depois de operar boa parte do dia no campo negativo, os preços mudaram de direção e fecharam em alta de 4 a 5 cents nos principais vencimentos. A movimentação positiva é centrada em fatores técnicos, uma vez que, depois das recentes quedas de preço, os investidores buscam reabastecer suas carteiras frente ao relatório de oferta e demanda de agosto, que será divulgado pelo USDA nesta sexta-feira. Depois das recentes chuvas, as lavouras norte-americanas melhoraram de qualidade. De acordo com levantamento do USDA, as áreas tidas como boas/excelentes somam 54%, ante 52% da semana anterior. Enquanto isto, 90% já entraram em floração, ante 88% de um ano atrás. As áreas em formação de vagens perfazem 66%, contra 59% do mesmo ponto de 2022. Neste relatório de oferta e demanda de agosto o USDA deve cortar a estimativa de produtividade das lavouras dos EUA em pelo menos uma saca por hectare. Isto representa um corte de 2,0MT na produção do país, que deve se situar, segundo projeção de analistas, em 115,3MT, ante 117,0 da estimativa do mês passado e 123,0MT das previsões iniciais. Os estoques norte-americanos e mundiais também devem sofrer cortes. A China importou do Brasil, no período janeiro-julho deste ano 50,4MT de soja, aumento de 25% sobre as 40,4MT do mesmo período do ano passado. Os dados são da SECEX. A Espanha vem num distante segundo lugar, com 2,4MT. Mercado interno volta a viver a expectativa de retomada de preços melhores – diante da expectativa de novos cortes na produção dos EUA. O ritmo de negócios segue lento, com produtores ainda recuados. Prêmios são negociados nos portos brasileiros, no mercado spot, na faixa 70/120 cents positivos; para setembro, entre 110/130. As Indicações de compra são apontadas entre R$ 138,00/140,00 no oeste do estado e na faixa de R$ 148,00/151,00 em Paranaguá – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do prazo de embarque.