INÍCIO AGRICULTURA Geral

Perda de qualidade das lavouras nos EUA dá sustentação aos preços da soja

Os Contratos negociados com soja em Chicago (CBOT) operaram em alta de 20 cents, a U$ 13,93/julho, nessa manhã de terça-feira 13/06

Os Contratos negociados com soja em Chicago (CBOT) operaram em alta de 20 cents, a U$ 13,93/julho, nessa manhã de terça-feira 13/06. De acordo com o analista de mercado Camilo Motter, da Corretora Granoeste de Cascavel/PR a perda de qualidade das lavouras norte-americanas ao longo da última semana é o principal fator de sustentação. O clima tem sido bastante inadequado na sequência da implantação das lavouras, o que tende a resultar em queda do potencial produtivo. Do lado técnico, o mercado vê como suporte os ganhos no petróleo e a melhor performance dos mercados financeiros.

No fim da tarde de ontem, o USDA informou que 59% das lavouras dos EUA se encontram em boas/excelentes condições, queda de 3 pontos percentuais no comparativo com a semana anterior. No mesmo ponto do ano passado este índice era de 70%. Enquanto isto, na outra ponta, mais lavouras são consideradas como ruins/péssimas, cujo índice subiu de 7% para 9%.

O plantio está praticamente finalizado, com 96%, ante 87% da mesma data do ano passado e média de 86%. Em relação ao estágio, 86% das áreas estão emergidas, contra 68% de um ano atrás.

Além disso, o comportamento do clima nos campos do Meio Oeste continuará no centro da formação do preço. Uma onda de chuvas segue percorrendo toda a região de cultivo. Porém, nem todas as áreas serão contempladas com volumes adequados. Mas é a melhor e mais geral frente de chuvas dos últimos meses na região agrícola. O começo de estação está sendo desafiador, totalmente diferente daquele observado no ano passado, quando havia 11 pontos percentuais a mais de lavouras tidas como boas/excelentes.

A CONAB acaba de divulgar o 9º levantamento de safra desta temporada, apontando a colheita de soja em 155,7MT, cerca de 1,0MT acima da estimativa de maio. Isto representa aumento de 24% sobre as 125,6MT colhidas no ciclo anterior. A área semeada atingiu 44,0MH, ante 41,5MH da estação passada.

As exportações brasileiras estão estimadas pela CONAB em 95,6MT, ante 78,7MT do ano passado e o consumo interno em 52,9MT, contra 56,2MT. A produção de farelo deve somar 40,1MT, com exportações de 21,0MT; a produção de óleo pode chegar a 10,6MT, com embarques para o exterior de 2,6MT.

Apesar dos ganhos verificados em Chicago, o mercado doméstico segue pressionado. Os recentes ganhos na CBOT são compensados negativamente por prêmios mais enfraquecidos e por um câmbio em queda.

De maneira geral, a comercialização segue em ritmo lento. Muitos produtores, depois da intensa pressão vivida nos últimos meses, passaram a adotar uma postura restritiva, apostando em eventuais percalços na evolução da safra norte-americana. Prêmios no spot são indicados sob pressão, na faixa entre – 100/-80.

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