As enchentes registradas no Rio Grande do Sul têm provocado efeitos colaterais de dimensões catastróficas. Todos os setores do agro sentem esses impactos Um deles, é o mercado de suínos por conta dos problemas logísticos.
De acordo com levantamento apresentado pelo Cepea, o principal problema hoje no segmento é a questão logística. O transporte dos suínos vivos para o abate, das carnes para abastecer os mercados atacadistas e os insumos utilizados na atividade, está inviável.
Porcos que conseguiram escapar da enchente se refugiaram sobre o telhado das casas: problemas logísticos são o desafio
O agravamento é por conta das cheias, propriamente ditas e seus impactos, como a queda de dezenas de pontes e a destruição de estradas responsáveis por interligar importantes regiões produtoras. No mercado, como não poderia ser diferente, o ritmo dos negócios está a passos lentos.
Municípios não inseridos na pesquisa do CEPEA foram afetados com maior intensidade, com relatos de perdas de animais e danos mais graves. No ano passado, Rio Grande do Sul foi o terceiro estado com o maior abate de suínos, totalizando 19,87%, sendo 9,2 milhões de cabeças abatidas o período. O estado gaúcho responde por 23,1% do total de exportação de carne suína para os principais centros consumidores no mundo.
Sobre o autor Vandré Dubiela
Com mais de três décadas dedicadas ao jornalismo, iniciou a carreira no Jornal O Paraná, de Cascavel, passando pelas principais editorias. Conta com textos e fotografias publicados nos principais meios de comunicação nacional, entre os quais a Folha de São Paulo, Estado de S. Paulo, Gazeta do Povo e Revista Grid. Atuou ainda como produtor da TV Tarobá, afiliada da Band e como editor de portais de notícias. Também é autor do livro AREAC 50 anos Pioneirismo na defesa e na valorização da agronomia paranaense. Nos últimos anos, se especializou em agronegócio, produzindo reportagens e artigos do gênero, inclusive trabalhos dedicados à OCEPAR (Organização das Cooperativas do Estado do Paraná).