O boi gordo voltou a cair em algumas praças brasileiras, com valores até R$ 3 mais baixo na comparação com a véspera. A tendência de elevação nas escalas segue no Brasil e tem sido o principal elemento para garantir o cenário de pressão. A situação já foi descrita por aqui em nossa coluna e reafirmo haver uma participação de fêmeas em abate bastante expressiva, em torno de 47%, nas principais praças brasileiras.
No radar, o tal da “bolsa carne”, que já vem sendo discutida há algum tempo pelo Governo Federal com a participação de lideranças de federações e associações de criadores. Está tudo ainda sem muitas definições, mas é necessário a carne bovina recuar de preços também, com arroba caindo há pelo menos 16 dias, o varejo brasileiro ainda não tem nenhum reflexo sobre a questão para o consumidor.
Por falar em consumidor, em levantamento recente o escritório em Brasília do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, estimou o consumo de carne bovina no Brasil no ano de 2024 em 8,5 milhões de toneladas (+4%). Também trouxe a expectativa de produção em 11,37 milhões de toneladas também com alta de 4%. Já as exportações brasileiras devem atingir 2,95 milhões de toneladas em alta de 2%.
Por falar em exportação, os embarques da indústria frigorífica brasileira totalizaram em fevereiro/24 179,1 mil toneladas, contra 126,3 mil toneladas um ano antes. O preço médio da tonelada em fevereiro/24 foi de US$ 4,526 mil, recou de 6,70%, se comparado a 2023. Com isso, a receita total alcançou US$ 810.823 milhões.