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Governo gaúcho emite medida anti importação de leite

A partir de 2025, a concessão de benefícios fiscais a empresas que utilizam leite em pó ou queijo importados
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Publicado em 19/04/2024

Para fortalecer o setor leiteiro no Rio Grande do Sul e também o mercado brasileiro, o governador em exercício Gabriel Souza assinou, nesta quinta-feira, 18, o Decreto 57.571/2024, que altera regras para concessão de benefício fiscal a empresas do setor.A medida proíbe, a partir de 2025, a concessão a empresas que utilizam leite em pó ou queijo importados em seu processo industrial.Souza ressaltou a medida reforça a proteção aos produtores de leite do estado.

“O governo do Rio Grande do Sul busca proteger o seu produtor de leite, visto que um acordo do Mercosul em vigor se mostra muito desfavorável a ele, uma vez que incentiva a importação de leite em pó e outros produtos lácteos”, explicou. “Já possuíamos uma política protetiva do nosso produtor, agora estamos avançando e nos tornando o estado brasileiro que mais o protege, condicionando o acesso ao benefício do crédito presumido por empresas de produtos lácteos ao fato de não importarem esses materiais de outros países”, destacou o governante.

A iniciativa atende às solicitações do setor de proteína animal, principalmente dos integrantes da cadeia leiteira, que enfrentavam a concorrência desleal de produtos oriundos, em boa parte, dos países do Mercosul. O decreto pretende incentivar o uso de leite e queijo produzidos no mercado interno, o que fortalece a indústria, os produtores rurais e as cooperativas locais. A expectativa é que a medida aumente a renda e gere mais empregos no setor.
O governo do Rio Grande do Sul busca proteger o seu produtor de leite, visto que um acordo do Mercosul em vigor se mostra muito desfavorável a ele, uma vez que incentiva a importação de leite em pó e outros produtos lácteos
Gabriel Souza, vice-governador do RS
Dados do Radar do Mercado Gaúcho, painel da Receita Estadual que monitora o fluxo de mercadorias no estado, mostram que 54% do leite integral em pó adquirido no Rio Grande do Sul nos últimos 12 meses (entre março de 2023 e fevereiro de 2024) foi importado. Em 2023, o valor dos créditos fiscais presumidos utilizados pelas empresas do setor ultrapassou R$ 230 milhões.


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