Cotações se recuperam após perdas recentes e operam em alta; mercado interno segue pressionado, mas colheita pode aumentar a oferta nos próximos dias
Os preços do milho registram nova alta na Bolsa de Chicago nesta quinta-feira (3), com valorização de 5 pontos na posição setembro, cotada a US$ 4,22 por bushel. Na véspera, os contratos haviam avançado entre 9 e 12 cents, em um movimento de recuperação após quedas consecutivas.
De acordo com análise da Granoeste, o movimento reflete a recomposição de carteiras por parte dos investidores antes do feriado de 4 de julho nos Estados Unidos, data em que não haverá pregão. O cenário também é influenciado pelos estoques mais baixos no país, além da valorização de outras commodities e do petróleo.
O clima no Meio-Oeste norte-americano segue como fator central para os preços. A semana foi marcada por tempo seco e temperaturas elevadas, com previsões que indicam a manutenção dessas condições nos próximos dias. Esse padrão climático pode afetar o desenvolvimento das lavouras, gerando preocupação entre os agentes do mercado.
No Brasil, o mercado interno continua pressionado, com poucos compradores ativos. Apesar disso, os preços parecem ter alcançado um piso e tendem a se manter nos patamares atuais por algum tempo. A expectativa é que, a partir do fim de semana, as condições climáticas se tornem mais favoráveis para a colheita, o que deve resultar em aumento da oferta.
Na BMF, a posição julho opera a R$ 62,35 (ante R$ 62,06 do fechamento anterior), e setembro a R$ 62,20 (anterior R$ 61,81). No oeste do Paraná, as indicações de compra variam entre R$ 54,00 e R$ 56,00, enquanto em Paranaguá os preços vão de R$ 64,00 a R$ 67,00, conforme o prazo de pagamento e a localização do lote.
Câmbio: o dólar opera em alta, cotado a R$ 5,44. Na sessão anterior, encerrou a R$ 5,418.