Milho mantém preços sob pressão com oferta global elevada e colheita da safrinha avança no Brasil segundo a Granoeste
O milho mantém preços sob pressão nesta terça-feira, com a posição setembro cotada a US$ 3,93 em Chicago, segundo análise da Granoeste. Ontem, os contratos caíram cerca de 5 pontos, reflexo da grande oferta global. A produção segue forte nos principais países, especialmente nos Estados Unidos, onde as lavouras apresentam bom desenvolvimento.
Nos Estados Unidos, o USDA informou que 73% das lavouras estão em boas ou excelentes condições. Apesar de uma leve queda de um ponto em relação à semana anterior, o número ainda é melhor que os 68% registrados no mesmo período de 2024. Além disso, cerca de 76% das áreas já entraram em pendoamento, e 26% estão na fase de formação de grãos. Por outro lado, o mercado continua lidando com incertezas relacionadas às mudanças na política comercial americana.
Na BMF, o milho para setembro recua para R$ 64,75, abaixo do fechamento anterior, de R$ 65,01. Já o contrato para novembro está em R$ 68,10, também abaixo do valor anterior, de R$ 68,23. Portanto, o cenário segue pressionado.
No Brasil, a colheita da safrinha avança e atinge 66,1% da área total, de acordo com a Conab. No mesmo período do ano passado, o índice estava em 86%. A média histórica para esta época é de 70,1%. Essa defasagem indica um ritmo mais lento nesta temporada.
Enquanto isso, no oeste do Paraná, as ofertas de compra giram entre R$ 55,00 e R$ 58,00 por saca. Já em Paranaguá, os valores variam de R$ 64,00 a R$ 67,00, dependendo do prazo de pagamento e da localização dos lotes.
Além disso, o câmbio opera estável nesta manhã, cotado a R$ 5,58, valor próximo ao fechamento anterior, de R$ 5,592.