O ritmo de negociação envolvendo o boi magro está especialmente lento nas últimas semanas em praticamente todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Muitos agentes consultados, inclusive, indicam não ter nem mesmo valor de referência para essa categoria de animal. Segundo pesquisadores do Cepea, ainda que as exportações venham demandado um volume significativo de animais para engorda, parte dos frigoríficos e de confinadores aposta na parceria com produtores, buscando adquirir animais ainda quando bezerros, o que acaba reduzindo a demanda por bois próximos da terminação.
Em certos casos, a demanda externa por animais mais jovens e a diminuição do tempo para terminação (obtido com uso de tecnologias) fazem com que o período de terminação seja mais precoce, contexto que também explica a menor liquidez envolvendo animais por volta de 24 meses. Outro fator, ainda, é a desvalorização acentuada do boi gordo, que desestimula a reposição, sobretudo em casos em que a terminação ocorre no pasto.
Fonte: Cepea