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Produtividade e qualidade da cana no Centro-Sul caem em junho e uso de genéticas modernas pode reverter cenário aponta CTC
O boletim De Olho na Safra, do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), revela redução na produtividade e qualidade da cana-de-açúcar no Centro-Sul em junho. De acordo com a Plataforma de Benchmarking CTC, o ATR (açúcares recuperáveis totais) caiu 3,1% até junho na safra 2025/26, passando de 125,2 kg/tc para 121,4 kg/tc.
A produtividade média agrícola (TCH) recuou 10,8%, de 88,9 t/ha para 79,3 t/ha. Isso refletiu na queda do indicador de toneladas de açúcar por hectare (TAH), que caiu 11,5%, de 11,2 t/ha para 9,9 t/ha.
Na comparação entre junho de 2025 e 2024, o ATR caiu 4,4%, de 132,4 para 126,6 kg/tc. A produtividade da cana diminuiu de 88,8 t/ha para 79,5 t/ha.
Henrique Mattosinho, gerente de Desenvolvimento de Mercado do CTC, destaca que o uso de genéticas mais modernas e produtivas pode reverter o cenário. Variedades precoces são especialmente importantes.
Queda na produtividade e qualidade da cana no Centro-Sul exige uso de genéticas modernas para recuperação. Foto: Canva
De acordo com ele, "melhorar a qualidade da matéria-prima com genéticas novas é uma estratégia eficaz para ampliar a margem econômica por hectare."
Além disso, a colheita antecipada dessas variedades no início da safra é fundamental para o aumento do ATR. Dados do benchmarking entre abril e junho de 2025 mostram que 37% do volume processado não usou essas variedades. Isso indica, portanto, oportunidades para ganhos com manejo alinhado ao potencial genético.
O CTC é líder global em ciência da cana-de-açúcar, focado em biotecnologia e inovação. Possui o maior banco de germoplasma do mundo, com mais de 5 mil variedades. Seus laboratórios no Brasil e EUA realizam pesquisas avançadas em melhoramento genético.
Desde 1969, o CTC contribui para a competitividade do setor sucroenergético brasileiro. Assim, promove o aumento da produtividade e o avanço tecnológico no agronegócio.
