Setor tem que abraçar o assunto como uma bandeira institucional, sobretudo em ano de eleições
O PIB do agro cresceu 8% em 2021. Em fevereiro, as exportações do setor atingiram quase US$ 1 bilhão, avanço de 42% sobre igual mês de 2021. O produtor rural, em particular, claro, vem sendo castigado com o agravamento de eventos climáticos adversos e com elevado aumento dos custos de produção - e não só dos insumos diretos, como defensivos, sementes e fertilizantes. Os gastos com combustíveis, energia elétrica, transportes já vinham numa espiral de alta, decorrente dos impactos da pandemia e se acentuaram com a guerra no Leste Europeu.
Nesta conjuntura crítica, o preço dos alimentos explodiu. Minha gente, chegou-se a um ponto em que é indispensável pensar em políticas públicas não intervencionistas, que possam garantir valores acessíveis dos alimentos à população brasileira.
De fato, o segmento promoveu iniciativas pontuais neste sentido, mas isso não mais basta. É preciso falar de peito aberto sobre o tema, abraçando o assunto como uma bandeira institucional.
Só se expressando com a cabeça do consumidor é que o setor encontrará simpatia da Opinião Pública em geral, nacional e internacional. Estamos todos no mesmo barco. E simpatia, amigos e amigas, é sinônimo de negócios, de oportunidades.
Enquanto isso, o setor agro tradicional permanece com o mesmo tom em sua narrativa. E, em tempos de eleições, virar a chave é mais que fundamental.
*Confira a íntegra da coluna no podcast da semana.