Exportações agropecuárias do Paraná crescem no primeiro semestre de 2025 apesar das tarifas dos EUA segundo boletim do Deral
As exportações do Paraná no setor agropecuário mostram crescimento significativo, mesmo com as tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos. O Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento detalha os impactos em diversos segmentos no seu boletim mais recente.
As exportações da cadeia bovina aumentaram mais de 100% no primeiro semestre de 2025 em comparação ao ano anterior. Enquanto os EUA elevaram tarifas para vários mercados, o Paraná conseguiu ampliar os envios, passando de 85 mil para 181 mil toneladas. No entanto, a arroba bovina para o mercado interno sofreu pressão e chegou a ser negociada a R$ 296,10, a menor desde outubro do ano passado.
No setor de piscicultura, o aumento das tarifas de importação americanas não deve trazer impactos relevantes. Em 2024, o Paraná exportou 7,6 mil toneladas, quase que totalmente para os EUA, gerando cerca de R$ 200 milhões. Mesmo com a nova tarifa, as cooperativas locais provavelmente vão ajustar preços para manter o mercado, já que o foco é a consolidação do segmento.
O boletim também destaca o custo médio de produção dos suínos no Paraná, que subiu para R$ 6,17 por quilo vivo no primeiro semestre. Esse aumento é atribuído principalmente ao preço da ração. Para o frango vivo, o custo chegou a R$ 4,72 por quilo em junho, um crescimento de 3,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Entre os fatores estão os aumentos em genética e sanidade. Apesar disso, as exportações do Paraná continuam sendo um pilar importante para o setor, ajudando a sustentar a economia local.
O Brasil produziu 12,8 milhões de toneladas de laranjas na safra 2024/25, liderando 79% do mercado mundial de suco. O Paraná é o terceiro maior produtor, com 804,3 mil toneladas. Em 2024, os exportadores paranaenses enviaram 29,2 mil toneladas de suco, gerando US$ 141 milhões. Bélgica e Países Baixos receberam a maior parte, enquanto os EUA compraram 2,2 mil toneladas, equivalentes a US$ 9,4 milhões.