Nova versão do Zoneamento de Risco Climático da soja recomenda práticas de manejo do solo para reduzir riscos e garantir produtividade
O Zoneamento de Risco Climático da soja ganhou nova versão com foco na sustentabilidade. Agora, o manejo do solo faz parte dos critérios técnicos para o plantio. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o objetivo é ampliar a adaptação às mudanças climáticas e reduzir perdas produtivas.
A orientação considera práticas como plantio direto, cobertura com palha ou uso de plantas de cobertura. Essas ações ajudam a manter a umidade do solo, favorecem o enraizamento e protegem a estrutura do solo.
A nova versão do Zarc foi construída com base em dados de mais de 70 mil pontos de solo, levantados pela Embrapa e pela Universidade Federal de Santa Maria. Isso permitiu gerar mapas mais detalhados, que levam em conta diferentes tipos e profundidades de solo.
Com base nesses dados, o Zoneamento de Risco Climático da soja define as regiões e os períodos de plantio com menor risco climático. Essa indicação ajuda o produtor a decidir com mais segurança.
O modelo também ajusta as janelas de plantio de acordo com níveis de risco de 20%, 30% e 40%. Assim, o produtor pode alinhar melhor o calendário de plantio com o acesso a políticas públicas, como crédito rural e seguro agrícola.
De acordo com a pesquisadora da Embrapa Soja, Alencar Zanon, solos bem manejados melhoram o crescimento das raízes e aumentam o potencial produtivo. Essa atualização fortalece o papel do Zarc como ferramenta técnica para decisões mais sustentáveis e adaptadas ao clima.