Nesta sexta-feira muitos frigoríficos ficaram distantes dos negócios, fator que pressiona o mercado
As escalas de abates das indústrias frigoríficas têm, em média, 10 ou 11 dias nos estado produtores. Pelo número de dias, não é algo avassalador, mas é o suficiente para pressão econômica através de propostas abaixo da referência ou de sair da ponta compradora.
Nesta sexta-feira mesmo, muitos frigoríficos ficaram distantes dos negócios.Se por um lado, a queda de braço incomoda, mas faz parte do jogo, de outro as chuvas que chegaram no Centro-Oeste e Sudeste, com potencial de trazer prejuízos em algumas áreas, infelizmente, ajuda a recuperar a umidade de solo que começava a preocupar produtores de Goiás, Mato Grosso do Sul e norte do Estado Paraná.
A relação e peso da oferta nos meses de seca serão fundamentais na formação de preços
A umidade e saúde do solo são fundamentais para manutenção das pastagens e consequentemente, de disputa equilibrada com o setor industrial.Também, independente de cenários extraordinários relacionadas a chegada de chuva, a verdade é que a estiagem e tempo seco vão chegar. Com a presença da seca é natural uma oferta maior de animais.
Vai ocorrer, seguramente, mas a velocidade de abates no Brasil têm sido mais intensa em 2024, vinda do ano anterior com abates históricos. A relação e peso da oferta nos meses de seca serão fundamentais na formação de preços.
Os preços encerram a semana em estabilidade, com boi gordo a R$ 230,00, vaca a R$ 205,00 e novilha em R$ 220,00, por arroba no Estado de São Paulo.
Em Mato Grosso do Sul boi a R$ 215,00, vaca em R$ 195,00 e novilha a R$ 205,00. No norte do Paraná arroba negociada em R$ 228,00, vaca por R$ 200,00 e novilha R$ 220,00 por arroba.
Sobre o autor
Fabiano Reis é jornalista econômico, especialista em Marketing rural e mestre em Produção e Gestão Agroindustrial. Editor de economia e agricultura do Canal do Boi, onde apresenta o programa AgriculturaBR.
É colunista econômico em diversos veículos de imprensa.
Professor universitário nos cursos de Administração e Comunicação Social.
Palestrante nas áreas de comunicação e agronegócio;
Apresentador de eventos e feiras.
Publicou os livros Reflexos sobre o nada nos mares do Pantanal, Life Editora, 2011 (livro poesias);
A interação da pecuária brasileira, Nelore MS, 2012;
Nelore: mostra a força de uma raça, Nelore MS, 2010;
O perfil do comércio varejista de carne bovina de Campo Grande-MS, dissertação de mestrado, UNIDERP, 2005;
Redação e revisão do livro Organização e Valor para Comércio Varejista de Carne, SEBRAE, 2004.