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Adapar reforça ações contra raiva com morcegos e vacinação

Adapar combate a raiva no Paraná com monitoramento de morcegos e vacinação de rebanhos para proteger saúde pública e produção

Adapar reforça ações contra raiva com morcegos e vacinação

Fiscais da Adapar revisam abrigos de morcegos e aplicam medidas preventivas para controlar a raiva nos rebanhos. Foto: Germano Busato/Adapar

Foto do autor Redação RuralNews
19/10/2025 |

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) controla e monitora a raiva diariamente no estado. Além disso, planeja ações preventivas, realiza vigilância em campo e orienta as equipes regionais para garantir eficiência no combate à doença.

Entre as principais iniciativas, a revisão de abrigos de morcegos hematófagos se destaca, pois esses animais transmitem o vírus da raiva. Cavernas, furnas, bueiros, construções abandonadas e troncos de árvores servem de abrigo para colônias. Por isso, fiscais visitam esses locais regularmente para manter o controle atualizado.

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Atualmente, o Paraná possui mais de mil abrigos cadastrados, sendo 951 ativos, ou seja, com presença confirmada de morcegos hematófagos. “Realizamos essas revisões de forma rotineira, uma vez por ano ou a cada dois anos. O importante é atualizar o controle e acompanhar essas populações”, explica Elzira Pierre, chefe da Divisão de Raiva.

Essas fiscalizações ocorrem frequentemente em áreas de mata, grutas ou propriedades rurais de difícil acesso. Equipados com lanternas, EPIs e instrumentos específicos, os fiscais observam os morcegos, estimam o tamanho das colônias e registram informações sobre espécies e comportamento.

O levantamento técnico permite identificar mudanças na dinâmica populacional e decidir quando intervir. Vale destacar que apenas a espécie Desmodus rotundus pode ser manejada, enquanto as demais espécies são protegidas por lei.

Controle com pasta vampiricida

Quando há indícios da doença, a Adapar atua imediatamente. Em casos suspeitos, equipes vão às propriedades. “Se há focos na região ou aumento expressivo da população de morcegos, aplicamos a pasta vampiricida. Essa ação interrompe a disseminação da doença”, explica Elzira Pierre.

A pasta é aplicada de forma controlada sobre o dorso de alguns morcegos capturados. Assim, ao retornarem à colônia, eles transmitem o produto aos demais, interrompendo o ciclo de infecção.

O sistema de vigilância depende das notificações do produtor. Por isso, a observação nas propriedades é essencial. “O produtor nos informa quando há ataques, e investigamos se existe um abrigo de morcegos hematófagos próximo”, detalha Márcio de Andrade, assistente de fiscalização da Adapar no Oeste do Paraná.

Vacinação como prevenção

Além do controle de abrigos, a Adapar orienta sobre a vacinação dos animais de produção. A imunização é a forma mais eficaz de prevenção. O preço da vacina varia entre R$ 2,00 e R$ 3,00 por dose e pode ser adquirida em casas veterinárias.

Animais vacinados pela primeira vez recebem a segunda dose entre 21 e 30 dias após a inicial. Depois disso, a vacinação passa a ser anual, garantindo proteção contínua. Em 30 municípios da região Oeste, a vacinação é obrigatória. “Vacinar os animais é a medida mais importante para controlar a raiva”, reforça Luíza Coutinho Costa, fiscal da Adapar.

Recentemente, a agência realizou uma mobilização educativa pelo Oeste do Paraná, conscientizando produtores, estudantes e profissionais sobre a doença e a importância da vacinação preventiva.

Diagnóstico e monitoramento laboratorial

O Laboratório de Diagnóstico Marcos Enrietti realiza exames para confirmar casos de raiva e apoiar as ações de campo. Ele mantém comunicação direta com departamentos de epidemiologia animal e secretarias municipais e estaduais da Saúde. Assim, o monitoramento é conjunto e os alertas de risco zoonótico chegam rapidamente.

“No laboratório, testamos inicialmente as amostras para raiva, com resultados em até 48 horas. Isso é fundamental para ações de defesa sanitária e de saúde pública”, explica Rubens Chaguri de Oliveira, chefe do Departamento de Laboratórios. “Se o resultado é negativo, examinamos as amostras para identificar outras doenças com sintomas neurológicos semelhantes.”

Risco da doença

A raiva ameaça tanto rebanhos quanto pessoas. Transmitida principalmente por morcegos hematófagos, causa prejuízos econômicos e risco à saúde humana, pois não há cura após surgirem os sintomas.

A Adapar reforça que casos suspeitos devem ser notificados imediatamente. Além disso, recomenda evitar contato direto com morcegos ou saliva de animais com sinais neurológicos, como dificuldade de locomoção, salivação excessiva ou comportamento agressivo. Nessas situações, mantenha distância e comunique imediatamente a Adapar.

TAGS: #Adapar # Raiva
# Vacinação # Morcegos # Rebanho # Defesa agropecuária
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Editor RuralNews
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