Safra de milho em MS pode chegar a 14,2 milhões de toneladas, com aumento de produtividade e impactos positivos na economia regional
A produção de milho em Mato Grosso do Sul pode alcançar 14,2 milhões de toneladas em 2025, de acordo com boletim preliminar da Aprosoja/MS divulgado pelo Projeto SIGA-MS no dia 2 de setembro. Essa estimativa representa um crescimento de 68,2% em relação à safra anterior, impulsionado principalmente pelo ganho de produtividade. A área cultivada se manteve praticamente estável em 2,1 milhões de hectares.
O avanço da produtividade média, estimada em 112,7 sacas por hectare, foi o principal motor do crescimento. Condições climáticas favoráveis, janela de plantio adequada, tecnologias avançadas e boas práticas de manejo ajudaram nesse resultado. A maior parte da semeadura ocorreu entre fevereiro e março, favorecendo o desenvolvimento das plantas em abril, quando o volume de chuvas foi ideal. Atualmente, 78,1% das lavouras estão classificadas como boas, 15,3% como regulares e apenas 6,6% como ruins.
Gabriel Balta, coordenador técnico da Aprosoja/MS, destaca que a análise amostral em 10% da área já aponta aumento expressivo da produtividade. Contudo, ainda restam 20% da área a serem amostrados, podendo alterar os números. Ele reforça que a relação de troca será decisiva para o sucesso da safra e a rentabilidade do produtor.
Os municípios com maiores produtividades são Chapadão do Sul (173,3 sc/ha), Alcinópolis (160,0 sc/ha) e Sonora (152,5 sc/ha). Já os menores índices foram registrados em Aquidauana (19,1 sc/ha), Nova Andradina (31,0 sc/ha) e Aparecida do Taboado (35,0 sc/ha).
O crescimento da produção projeta efeitos positivos na economia regional. Ele fortalece a renda agrícola, a competitividade do setor e a capacidade exportadora do estado. Jean Américo, analista da Famasul, destaca que o aumento da oferta consolida Mato Grosso do Sul como referência no abastecimento nacional e internacional. Além disso, o cenário favorece investimentos em tecnologia, logística e infraestrutura.
O estado conta com 933 propriedades atendidas pelo programa ATeG Grãos do Senar/MS. O programa oferece assistência técnica e gerencial, aprimorando práticas agrícolas e impulsionando a produtividade. Com esse apoio, o milho se mantém como vetor estratégico para o desenvolvimento econômico regional.