Safra recorde nos EUA e oferta sul-americana pressionam preços do milho e mantêm mercado instável
O mercado de milho segue pressionado pela expectativa de uma safra recorde nos Estados Unidos e pela ampla oferta sul-americana. Nesta terça-feira (2), os contratos na Bolsa de Chicago encerraram mistos: após queda superior a 1%, os primeiros vencimentos reagiram e fecharam em alta de 3 a 5 pontos. No entanto, a posição dezembro voltou a recuar e negocia a US$ 4,19, com perda de 3 cents.
Na B3, o cenário também mostra instabilidade. O contrato setembro encerrou em R$ 65,20, levemente acima dos R$ 64,99 da sessão anterior. Já novembro recuou para R$ 68,80, contra R$ 69,12 do dia anterior.
Nos Estados Unidos, o avanço das lavouras segue em ritmo elevado. De acordo com o USDA, 69% das áreas estão classificadas como boas ou excelentes, ante 71% na semana passada. Outros 22% estão em condições regulares e 9% foram avaliados como ruins ou péssimas. No mesmo período do ano passado, os índices eram de 65%, 23% e 12%, respectivamente. Além disso, 58% das lavouras estão na fase de formação dos grãos, enquanto 15% já entraram em maturação.
O USDA projeta uma colheita de 425 milhões de toneladas, bem acima das 377,6 milhões do ciclo anterior. Assim, a grande oferta global mantém o mercado acomodado, reforça a Granoeste.
No oeste do Paraná, as indicações de compra giram entre R$ 56,00 e R$ 58,00 por saca. Já em Paranaguá, as referências variam de R$ 62,00 a R$ 66,00, dependendo do prazo de pagamento e da localização do lote.
No câmbio, o dólar opera em queda, cotado a R$ 5,45, após encerrar a sessão anterior em R$ 5,475.