Números vão na contramão da média nacional dos canaviais, que está estimada em 75 mil kg/ha, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento
Os produtores de cana-de-açúcar no Nordeste têm motivos para comemorar os resultados que estão sendo obtidos nesta safra na região. O último levantamento divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab mostra que o Nordeste deve ter um aumento de 3,6% na produtividade, e uma colheita de 56,3 milhões de toneladas a partir de agosto.
Os números vão na contramão da produção brasileira, que terá uma redução de 2% na comparação com o resultado obtido no ciclo anterior. As condições climáticas desfavoráveis no Sudeste influenciaram no resultado nacional, já que a região é a maior produtora do País. Ao todo, 663,4 milhões de toneladas serão colhidas para o ciclo 25/26 no Brasil.
A produtividade média dos canaviais brasileiros está estimada em 75 mil kg/ha, resultado que representa queda de 2,3% na comparação com a última safra. “Essa redução se deve às condições climáticas desfavoráveis durante as fases de desenvolvimento das lavouras em 2024”, declara a Companhia.
O engenheiro agrônomo André Dias destaca os resultados da novidade. "Realizamos a aplicação do remineralizador de solo e monitoramos a ação do produto em mais de 30 áreas na região. Reunimos números que comprovam a eficácia na melhora da fertilidade da cultura”, explica o especialista.
André é representante de uma empresa que oferece um fertilizante natural extraído da rocha granulito e que age ampliando as propriedades físico-químicas do solo. Segundo ele, o crescimento em algumas das áreas alcançou 16 toneladas e mais de R$3.000 de lucratividade por hectare.
Outro fator positivo, é que foram observados também aumento na longevidade dos canaviais, melhora da absorção de nutrientes essenciais e diminuição da necessidade de fertilizantes químicos, reduzindo custos.
“Mesmo com a redução na safra de cana no atual ciclo, a expectativa é de um incremento na produção de açúcar, podendo chegar a 45,9 milhões de toneladas. Caso o volume se confirme ao final do ciclo, esta será a maior fabricação do produto na série histórica”, estima a Conab.