De acordo com a Faeg, a queda dos preços dos alimentos em junho ajudou a conter a inflação, apesar da alta nos setores de habitação e vestuário.
A queda dos preços dos alimentos em junho de 2025 teve papel fundamental para conter a inflação no país. O grupo de alimentação e bebidas foi o único do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que apresentou variação negativa, com -0,18%. Por outro lado, os demais setores, como habitação e vestuário, tiveram alta.
Mesmo com essa redução, a inflação acumulada em 12 meses ainda ficou acima da meta, atingindo 5,35%. Entretanto, o recuo na alimentação ajudou a desacelerar a alta geral dos preços.
Dos 16 subgrupos de alimentação e bebidas, sete tiveram queda nos preços. Além disso, hortaliças e verduras caíram 3,01%. Cereais e leguminosas recuaram 2,71%. Pescados diminuíram 1,88%. Aves e ovos tiveram redução de 1,42%. Óleos e gorduras caíram 0,57%. Carnes recuaram 0,35%. Produtos industrializados baixaram 0,04%.
Também, o agro, que até então pressionava a inflação, passou a registrar quedas expressivas. Por exemplo, os ovos caíram 6,58%. A carne, como a alcatra, caiu 1,50%. Já o café moído subiu apenas 0,56%, bem menos que nos meses anteriores. A inflação acumulada do café em 12 meses caiu de 82,24% em maio para 77,88% em junho.
Alguns produtos tiveram quedas ainda maiores. A laranja-lima caiu 15,86%. O melão teve baixa de 13,89%. O peixe dourada recuou 8,81%. A cenoura diminuiu 7,89%.
Por outro lado, os principais vilões da inflação em junho foram habitação e vestuário. O grupo habitação subiu 0,99%, devido ao aumento dos combustíveis e da energia em 2,23%. Já o vestuário subiu 0,75%, puxado por joias e bijuterias, que subiram até 2,74%.
Portanto, mesmo com a alta em outros setores, a queda dos preços dos alimentos em junho foi essencial para conter o ritmo da inflação. Esse cenário mostra a importância do agro para a economia brasileira e para o bolso do consumidor.