O Índice de Preços ao Produtor registrou queda de 1,29%, influenciado por 17 das 24 atividades industriais
Em maio de 2025, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) das indústrias, divulgado pelo IBGE, apresentou recuo de 1,29% em relação a abril, marcando o quarto mês consecutivo com resultados negativos. Dezessete das 24 atividades industriais pesquisadas registraram queda nos preços, influenciando o acumulado do ano, que atingiu -1,97%. O índice acumulado em 12 meses alcançou 5,78%, abaixo dos 7,54% registrados em abril. Em maio de 2024, o IPP havia crescido 0,36%.
Entre os setores com as maiores quedas mensais, destacaram-se impressão (-4,36%), metalurgia (-3,46%), outros produtos químicos (-3,11%) e indústrias extrativas (-3,03%). O setor de alimentos também teve papel relevante, contribuindo com -0,34 ponto percentual para a retração geral.
No acumulado do ano, as maiores variações negativas ocorreram em indústrias extrativas (-15,03%), metalurgia (-8,55%) e madeira (-5,96%), enquanto impressão teve alta de 7,16%. Na comparação anual, impressão (17,88%), outros equipamentos de transporte (11,15%), alimentos (10,99%) e metalurgia (10,04%) lideraram as altas, com alimentos sendo um dos principais influenciadores.
Analisando as categorias econômicas, bens intermediários tiveram a maior influência negativa no mês (-2,37%), enquanto bens de consumo ficaram estáveis (0,00%), com variações positivas em bens duráveis e ligeira queda nos semiduráveis e não duráveis. No acumulado em 12 meses, bens de consumo tiveram alta significativa de 8,93%, seguidos por bens de capital (5,94%) e bens intermediários (3,61%).
O setor de indústrias extrativas continuou com forte queda em maio, acumulando -15,03% no ano, principalmente devido à redução nos preços do óleo bruto de petróleo. No segmento de alimentos, apesar da queda de 1,33% em maio e do acumulado negativo no ano, os preços cresceram quase 11% na comparação anual, influenciados por produtos como suco de laranja e açúcar.
O refino de petróleo e biocombustíveis apresentou o terceiro recuo consecutivo em maio (-2,77%), acumulando quase 3% de queda no ano. Por sua vez, o setor de outros produtos químicos registrou queda de 3,11% no mês, mas mantém alta acumulada em 12 meses de 9,36%, refletindo a variação nos preços de defensivos agrícolas e resinas.
Na metalurgia, os preços caíram 3,46% em maio, somando retração de 8,55% no ano. Apesar disso, o setor ainda apresenta preços 10% superiores aos do ano anterior, impactados por variações no alumínio, aço e na taxa de câmbio, que desvalorizou 2,0% frente ao real em maio.