Grão sobe mais de 1% na semana, apoiado pelo petróleo e pelo uso de biocombustíveis nos EUA
A semana começou com valorização nos contratos futuros da soja em Chicago. A posição julho apresentava alta de 4 pontos pela manhã, cotada a US$ 10,74. O pregão anterior foi marcado por forte recuperação, com ganhos entre 26 e 28 cents nos principais vencimentos, revertendo o desempenho negativo da semana e fechando com valorização superior a 1%.
O óleo de soja também registra avanço expressivo, com elevação de 7% nesta manhã. Na semana passada, os ganhos já haviam superado 6%. Esse bom momento do óleo tem dado suporte às cotações do grão. De acordo com a Granoeste Corretora, os fatores que influenciam esse movimento são os ganhos do petróleo — impulsionados pela escalada do conflito entre Irã e Israel — e, sobretudo, o aumento no uso de biocombustíveis em novos programas de energia limpa nos Estados Unidos.
Apesar disso, o mercado interpreta essas iniciativas mais como uma estratégia do governo Trump para reduzir os estoques norte-americanos do que como um esforço genuíno de sustentabilidade ambiental.
Nos Estados Unidos, o plantio da soja no Meio-Oeste está praticamente concluído. Na semana passada, o índice de área plantada já era de 90%. Uma nova atualização deve ser divulgada ainda nesta segunda-feira. A partir de agora, o foco se volta para as condições climáticas, que, por enquanto, seguem dentro da normalidade, com atenção ao desenvolvimento das lavouras.
O esmagamento de soja no país também continua em alta. Os dados da NOPA (Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas), previstos para esta tarde, devem indicar aceleração no ritmo das indústrias, ainda que os estoques de óleo permaneçam baixos.
No mercado doméstico, os negócios seguem lentos. Segundo análise da Granoeste, os prêmios nos portos variam entre 75 e 90 centavos no mercado spot. No Oeste do Paraná, compradores indicam preços entre R$ 126,00 e R$ 130,00. Já em Paranaguá, os valores vão de R$ 137,00 a R$ 142,00, dependendo do prazo de pagamento. No interior, as negociações também oscilam conforme o local e o período de embarque.