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Milho inicia semana com preços estáveis e mercado interno travado

Cotações seguem sem grandes variações em Chicago e no Brasil, enquanto compradores e vendedores disputam valores em meio a fretes altos

Foto do autor Camilo Motter
06/10/2025 |
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O mercado de milho começou a semana com pouca oscilação nos preços. Na manhã desta segunda-feira, a posição dezembro operava a US$ 4,19 por bushel na Bolsa de Chicago (CBOT), segundo dados da Granoeste. Ja sexta-feira, o fechamento havia registrado queda de apenas 2 pontos, o que reforça o cenário de estabilidade e de cautela entre os investidores.

Na B3, os contratos também mostraram leve variação. A posição novembro estava cotada a R$ 66,05, contra R$ 66,00 do fechamento anterior. Já o contrato de janeiro era negociado a R$ 68,50, ante R$ 68,45 na sessão passada.

Colheita nos EUA e cenário global

No mercado internacional, os participantes seguem acompanhando atentamente o ritmo da colheita nos Estados Unidos e as condições das lavouras. Entretanto, a divulgação de dados permanece suspensa, pois o USDA interrompeu a publicação de seus relatórios agrícolas devido ao shutdown do governo norte-americano. Essa ausência de informações tende a manter os agentes mais cautelosos e a limitar movimentos bruscos de preços nos próximos dias.

Além disso, a comercialização da segunda safra de milho no Centro-Sul do Brasil chegou a 55,8%, segundo a Safras Mercado, ligeiramente abaixo dos 59% registrados no mesmo período do ano passado. Ainda assim, a estimativa de colheita é otimista e deve alcançar 100,8 milhões de toneladas, um volume bem superior aos 85,8 milhões do ciclo anterior.

Por outro lado, o plantio da safra de verão 2025/26 também avança de forma consistente e já alcança 43,1% da área prevista, acima dos 39,9% de 2024 e da média histórica de 38,8%. Esse ritmo acelerado reforça a expectativa de uma boa produção no próximo ciclo e contribui para o equilíbrio entre oferta e demanda no mercado interno.

Mercado interno segue travado

Enquanto isso, o cenário doméstico permanece praticamente parado. A forte disputa entre compradores e vendedores mantém os preços estáveis e impede avanços significativos nas negociações. Além disso, a alta dos custos logísticos, especialmente nos fretes, tem limitado os embarques e dificultado ainda mais a concretização dos negócios.

No oeste do Paraná, as indicações de compra variam entre R$ 59,00 e R$ 60,00 por saca. Em Paranaguá, os valores oscilam entre R$ 65,00 e R$ 67,00, dependendo do prazo de pagamento e da localização do lote. Já no interior do país, as condições logísticas e o momento de embarque também influenciam diretamente as cotações.

Por fim, o câmbio segue como um fator importante para a formação de preços. No início do pregão, o dólar operava em leve queda, cotado a R$ 5,32, após encerrar a sessão anterior a R$ 5,336. Essa movimentação cambial, somada ao cenário internacional e ao impasse no mercado doméstico, deve continuar definindo o comportamento dos preços ao longo da semana.

TAGS: #milho # cbot
# bolsa de chicago # camilo motter # USDA
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Editor RuralNews
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