Diretor da FAO conhece sistemas da Embrapa e ressalta como soluções brasileiras podem beneficiar produtores globais
O diretor da Divisão de Economia e Política Agroalimentar da FAO, David Laborde, visitou a Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP), nesta quarta-feira (8). Ele destacou que muitas inovações, tecnologias e conceitos do Brasil podem beneficiar produtores em todo o mundo, inclusive na África. Além disso, afirmou: “A questão é como compartilhar essas soluções e como a FAO pode conectar agricultores e instituições de pesquisa globalmente”.
Laborde ressaltou que mostrar os avanços do Brasil é crucial para inspirar outros países. Ele esteve acompanhado do auditor do Departamento de Produção Sustentável do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Luís Rangel. Juntos, conheceram ações e tecnologias voltadas a práticas sustentáveis, alinhadas ao Plano ABC+.
Durante a visita, os representantes conheceram três sistemas integrados com árvores, a integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) com gado de corte, com vacas leiteiras e com árvores nativas do Bioma Mata Atlântica. Além disso, observaram a ordenha automatizada voluntária, forrageiras para pastagem e sistemas intensivos de produção pecuária. Laborde afirmou que foi a primeira vez que viu sistemas pecuários com árvores na prática. Ele se mostrou impressionado com os modelos apresentados.
O articulador internacional Alberto Bernardi explicou que a escolha das pesquisas de campo buscou mostrar principais soluções sustentáveis desenvolvidas para reduzir impactos ambientais da pecuária. Laborde reforçou que a FAO se baseia em dados e evidências para evitar erros. Ele destacou que a Embrapa oferece tecnologias capazes de atender diferentes demandas de produtores, incluindo medição de emissões.
Rangel completou: “A Embrapa Pecuária Sudeste é um showroom de agropecuária sustentável. Laborde sairá com uma visão mais prática sobre a agricultura brasileira”.
A FAO colabora com o Brasil na documentação de esforços do Plano ABC e em iniciativas como a Aliança Global para Erradicar a Fome e a Pobreza. Além disso, Laborde destacou: “É essencial ter melhores dados, encontrar soluções e garantir que as pessoas tenham acesso a alimentos de qualidade, em um planeta que terá que sustentar 10 bilhões de pessoas”.