Sete seminários no Sul reforçam boas práticas, sustentabilidade e legislação do Sistema Integrado de Produção de Tabaco
Entre os dias 8 e 25 de setembro, o Fórum Nacional de Integração da Cadeia Produtiva do Tabaco (Foniagro) promoveu sete seminários para fortalecer o Sistema Integrado de Produção de Tabaco (SIPT). Além disso, mais de 1,3 mil participantes compareceram nos três Estados do Sul, incluindo orientadores agrícolas, gestores de produção, membros da diretoria da Afubra e representantes das federações de agricultura e trabalhadores rurais.
Os eventos ocorreram em Rio Pardo (duas edições) e São Lourenço do Sul (RS); Rio Azul (PR); e Mafra, Ituporanga e Maravilha (SC). Nesse contexto, além da Lei da Integração (Lei nº 13.288/2016), os seminários abordaram boas práticas agrícolas, manejo do solo, sementes certificadas, contratação de mão de obra, saúde e segurança do produtor e proteção de crianças e adolescentes.
O coordenador do Foniagro e presidente da Afubra, Marcílio Drescher, reforçou a importância da união entre produtores e indústrias. “Se não caminharmos juntos, enfraquecemos a cadeia produtiva, que já enfrenta desafios e é pouco compreendida”, disse.
O SIPT oferece assistência técnica e financeira aos produtores, transporte da produção e compra da safra contratada. Além disso, para as empresas, garante produto de alta qualidade, rastreabilidade e fornecimento regular aos clientes internacionais. Segundo Carlos Alberto Sehn, do SindiTabaco, “nenhuma outra cadeia produtiva oferece tantas garantias”.
Durante os seminários, Paulo Favero, vice-presidente de Produção e Qualidade do SindiTabaco, explicou os critérios da Lei da Integração. Ele também detalhou área mínima de plantio, pacote de insumos, visitas técnicas obrigatórias e calendário de contratação. Já Dener Turchiello, economista da Afubra, apresentou a metodologia de cálculo dos custos de produção, revisada a cada cinco anos e atualizada anualmente.
Além disso, pesquisadores da Embrapa Clima Temperado, Adilson Bamberg e Adalberto Miura, mostraram o projeto Solo Protegido, que promoverá a sustentabilidade do solo até 2029. Representantes da Profigen, Flávio Hoff e Nirlei Storch, alertaram sobre os riscos do uso de sementes piratas, que podem gerar perdas e contaminações. Hoff destacou que as sementes representam apenas 0,56% do custo de produção, mas o risco recai sobre os outros 99,44% do investimento.
Além disso, o programa Tabaco Limpo mantém a reputação do produto brasileiro no mercado internacional.
As ações de ESG, saúde e proteção da infância foram apresentadas por Nádia Fengler Solf, gerente do Instituto Crescer Legal, e Fernanda Viana Bender, do SindiTabaco. Essas iniciativas incluem campanhas educativas, termos de compromisso com o Ministério Público do Trabalho e programas de conscientização com produtores e famílias. O assessor Sergio Rauber reforçou que as normas asseguram trabalho decente durante a safra, principalmente na contratação de mão de obra temporária.