Estoques de milho caem nos EUA com aumento das exportações
Enquanto o cenário global aponta leve recuo na produção, os EUA aumentam exportações e estoques de milho caem

Relatório do USDA de abril aponta redução nos estoques de milho dos EUA e revisão na produção global. Foto: Canva

O relatório de abril do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), analisado pela TF Agroeconômica, trouxe ajustes relevantes nas estimativas para a safra de milho 2024/25, tanto nos EUA quanto no cenário global.
Nos Estados Unidos, a principal mudança foi a redução dos estoques finais, que passaram a ser estimados em 37,22 milhões de toneladas — 1,9 milhão de toneladas abaixo da previsão anterior. O ajuste é resultado do aumento nas exportações, que cresceram 2,54 milhões de toneladas, refletindo o ritmo mais forte de vendas e embarques e a competitividade dos preços americanos no mercado internacional.
Em contrapartida, o uso de milho para ração e resíduos foi reduzido em 635 mil toneladas, para 147,35 milhões, com base nos dados do relatório de estoques de grãos divulgado em 31 de março, que apontou menor desaparecimento no trimestre de dezembro a fevereiro. O preço médio pago aos produtores de milho nos EUA permanece inalterado, em US$ 4,35 por bushel.
Globalmente, a produção de grãos forrageiros foi revisada para baixo em 0,4 milhão de toneladas, totalizando 1,495 bilhão de toneladas em 2024/25. No caso específico do milho, a produção fora dos EUA apresentou variações regionais. Houve aumentos para União Europeia, Tanzânia e Honduras, com destaque para maiores colheitas na Polônia, Croácia, França e Alemanha. Por outro lado, houve quedas nas projeções para Moldávia, Camboja, Quênia, Romênia e Bulgária.
No comércio global, as exportações dos Estados Unidos foram novamente revisadas para cima, enquanto o Paquistão teve redução nas suas projeções. Nas importações, foram observadas altas para União Europeia, México, Turquia e Peru, e recuos para o Vietnã.
Os estoques finais de milho fora dos EUA foram levemente elevados, com aumentos na Coreia do Sul e Paquistão. No entanto, os estoques globais recuaram em 1,3 milhão de toneladas, sendo agora estimados em 287,7 milhões.
