Brasil precisa reduzir emissões de gases de efeito estufa até o fim de 2025 para cumprir meta do Acordo de Paris
Redução de emissões avança, mas metas climáticas exigem maior compromisso

Brasil precisa reduzir suas emissões para 1,32 bilhão de toneladas de CO₂. Foto: Canva

O Brasil tem o compromisso de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) para até 1,32 bilhão de toneladas de CO₂ equivalente até o final de 2025, conforme estabelecido no Acordo de Paris. A meta, que será revisada no próximo ano com a apresentação de novos compromissos climáticos, exige que o país mantenha o ritmo de redução e fortaleça suas políticas ambientais nos próximos meses.
Segundo dados do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima (SEEG), divulgados no fim de 2024, o Brasil emitiu 2,3 bilhões de toneladas de GEE em 2023 — uma queda de 12% em relação ao ano anterior. Foi a maior redução registrada em 15 anos, um avanço significativo frente aos 2,6 bilhões de toneladas emitidos em 2022. Apesar do progresso, o volume ainda está distante da meta prevista para o próximo ano.
Nesse contexto, a adoção de práticas ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança) tem se mostrado uma aliada importante para empresas que desejam contribuir com a redução das emissões. Normas como a ISO 14001 e a NBR 16001 oferecem diretrizes para melhorar a gestão ambiental e social dentro das organizações. A ISO 14001, por exemplo, trata da redução de resíduos, uso consciente de recursos naturais e controle de emissões. Já a NBR 16001 orienta ações alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, promovendo impacto positivo nas comunidades.
De acordo com Alexandre Xavier, vice-presidente de ESG da Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade (Abrac), essas normas são fundamentais para tornar as ações climáticas mais efetivas. “A implementação e certificação de padrões como a ISO 14001 permite o monitoramento contínuo dos impactos ambientais e orienta decisões mais sustentáveis”, afirma.
Além de contribuir para o cumprimento das metas climáticas, essas práticas favorecem a eficiência operacional das empresas e abrem novas oportunidades de mercado. “Com processos mais organizados e um compromisso estruturado com boas práticas ambientais e sociais, as empresas ganham maior credibilidade e contribuem de forma efetiva para os objetivos do Acordo de Paris”, completa Xavier.
