Produtores rurais fortalecem conservação ambiental no Brasil
Em Goiás, capacitação no campo e boas práticas sustentáveis mostram o papel estratégico dos produtores na preservação ambiental
Cursos e ações em Goiás reforçam a conservação ambiental. Foto: Faeg / Divulgação
A capacitação no campo tem ampliado a adoção de práticas sustentáveis em Goiás, enquanto os dados apresentados na COP 30 reforçam o papel dos produtores rurais na preservação ambiental. O estudo “Atribuição, uso e ocupação do solo no Brasil”, elaborado pela Embrapa Territorial, mostra que a conservação avança porque os produtores adotam manejo responsável em suas propriedades.
Produtores fortalecem práticas sustentáveis em Goiás
Em Goiás, o Senar Goiás intensifica esse movimento. A instituição oferece cursos contínuos que estimulam o uso responsável dos recursos naturais e, além disso, o planejamento ambiental das propriedades. Entre as formações estão Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), Proteção de Nascentes, Licenciamento Ambiental (Módulos 1, 2 e 3) e Campo em Ordem.
Essas capacitações impulsionam a recuperação de áreas degradadas e, consequentemente, ampliam a adoção de práticas conservacionistas. Thiago Castro, assessor de meio ambiente do Sistema Faeg/Senar, enfatiza que o produtor evolui quando reúne conhecimento, orientação técnica e gestão eficiente. “A preservação só acontece com conhecimento, orientação técnica e gestão eficiente”, afirma.
Dados nacionais apresentados pela Embrapa
O levantamento da Embrapa Territorial mostra que 65,6% do território brasileiro mantém vegetação nativa, enquanto as atividades agropecuárias ocupam 31,3%. Dentro das propriedades rurais, os produtores preservam 29% das matas.
A proporção indica que, para cada hectare produtivo, o produtor mantém 0,9 hectare preservado dentro das propriedades e, por outro lado, há 2,1 hectares de vegetação nativa total. Segundo Bruno Lucchi, diretor técnico da CNA, o Brasil combina produção e conservação de forma exemplar. “Na Amazônia, a cada hectare produzido, dois hectares permanecem preservados”, afirma.
Lucíola Alves, da Embrapa, reforça que os produtores desempenham papel estratégico no uso equilibrado do território. Alfredo Homma também destaca desafios e oportunidades para ampliar a agricultura sustentável na Amazônia.
Amazônia mantém ampla cobertura de vegetação nativa
No bioma Amazônico, os produtores destinam 27,4% de seus imóveis à preservação. Por isso, 83,7% do território continua coberto por vegetação nativa. A agropecuária ocupa apenas 14,1% da área.
A relação mostra que, para cada hectare produtivo, os produtores mantêm quase dois hectares preservados dentro das propriedades e seis hectares de vegetação nativa total no bioma.
Cerrado também registra preservação significativa
No Cerrado, 34,7% das áreas dos imóveis são destinadas à preservação. Assim, o bioma mantém 52,2% de vegetação nativa, enquanto a agropecuária ocupa 45,9%. Em termos proporcionais, para cada hectare produtivo, o produtor conserva 0,8 hectare dentro das propriedades e contribui com 1,1 hectare de vegetação nativa total.
Metodologia reforça precisão do estudo
A pesquisa combinou sensoriamento remoto com bases oficiais de dados. Dessa forma, a Embrapa garantiu precisão e detalhamento sobre a atribuição, uso e ocupação das terras brasileiras.




