Mercado do milho reage às projeções do USDA e mantém atenção ao clima no Brasil
Os contratos negociados com milho em Chicago registram perdas. O vencimento julho cai 3 pontos nesta manhã de terça-feira, cotado a US$ 4,44 por bushel. Ontem, depois de operar com alta superior a 1%, os preços cederam e fecharam com oscilações mistas.
Na BMF, a posição maio trabalha em R$ 73,75 (fechamento anterior R$ 73,90) e julho em R$ 63,35 (anterior, R$ 63,50).
Segundo a Granoeste Corretora, o mercado segue otimista em relação ao acordo entre EUA e China, que prevê redução drástica nas tarifas de importação entre os dois países, após tensões nos últimos meses. Por outro lado, os investidores ficaram surpresos com a grande produção norte-americana de milho, com o USDA prevendo uma colheita superior a 400,0 milhões de toneladas na temporada 2025/26.
O relatório de oferta e demanda de maio, apresentado ontem pelo USDA, trouxe as primeiras avaliações para a nova estação. Os Estados Unidos devem alcançar uma produção de 401,85 milhões de toneladas de milho, com estoques finais de 45,73 milhões. No último ciclo, a produção foi de 377,6 milhões, com estoques finais estimados em 35,95 milhões de toneladas.
Para o Brasil, o USDA estima para 2025/26 uma colheita de 131,0 milhões de toneladas. Para a atual temporada, a projeção é de 130,0 milhões, aumento de 4,0 milhões sobre abril.
Nos EUA, o plantio da nova safra segue avançando e alcança 62%, ante 47% no mesmo ponto do ano passado e média histórica de 56%. Na semana, houve avanço de 22 pontos percentuais. A emergência chega a 28%, contra 21% de média.
No Brasil, a colheita da safra de verão atinge 77,6%, segundo a Conab, ante 72,4% da mesma data do ano passado e média de 75,2%.
No oeste do Paraná, as indicações de compra para lotes prontos estão na faixa de R$ 65,00 a R$ 68,00 – dependendo do prazo de pagamento e da localização do lote.
As preocupações do mercado estão centradas na possibilidade de geadas a partir do dia 20 de maio nos estados do Paraná e Mato Grosso do Sul.
Câmbio – Neste momento, o dólar opera em queda, cotado a R$ 5,65 (fechamento anterior em R$ 5,684).