Comércio cresce 0,2% em agosto e encerra série negativa
Varejo volta a registrar alta após quatro meses de queda e mostra estabilidade nas vendas

Varejo tem leve alta de 0,2% em agosto, segundo o IBGE. Foto: Freepik

As vendas do comércio variaram 0,2% em agosto, em relação a julho, e, assim, encerraram uma sequência de quatro resultados negativos. Em comparação com agosto de 2024, o crescimento foi de 0,4%, o quinto consecutivo. No acumulado do ano, o varejo avançou 1,6%. Já o resultado em 12 meses registrou alta de 2,2%, a menor desde janeiro de 2024. Ainda assim, esse é o 35º resultado positivo nessa base. O último mês com variação negativa havia sido setembro de 2022 (-0,7%). Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (15) pelo IBGE.
Varejo ampliado também registra avanço
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, o volume de vendas cresceu 0,9% frente a julho. Entretanto, em relação a agosto de 2024, houve queda de 2,1%, a terceira consecutiva. No acumulado do ano e em 12 meses, as variações ficaram em -0,4% e 0,7%, respectivamente.
Segundo o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, o comércio mantém uma base alta, apesar das oscilações recentes. “Nos últimos cinco meses, as variações foram muito pequenas, próximas de zero. Dessa forma, a diferença acumulada parou de crescer”, explica.
Cinco dos oito setores tiveram alta em agosto
De julho para agosto, cinco dos oito setores apresentaram crescimento. Entre eles, o destaque foi para equipamentos e material de escritório, informática e comunicação (4,9%), seguido por tecidos, vestuário e calçados (1,0%) e artigos farmacêuticos, médicos e de perfumaria (0,7%). Além disso, móveis e eletrodomésticos (0,4%) e hiper e supermercados (0,4%) também registraram avanço.
Por outro lado, livros, jornais e papelaria (-2,1%), combustíveis (-0,6%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,5%) apresentaram retração.
No varejo ampliado, veículos e motos tiveram alta de 2,3%, enquanto material de construção variou 0,1%. No entanto, o atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo não teve divulgação por falta de meses suficientes para ajuste sazonal.
Comparação anual mostra quinto mês seguido de crescimento
Na comparação com agosto de 2024, o comércio apresentou o quinto mês consecutivo de alta. Os setores de móveis e eletrodomésticos (2,7%), artigos farmacêuticos (2,3%) e outros artigos de uso pessoal (2,1%) foram os principais responsáveis pela expansão.
O setor de tecidos, vestuário e calçados cresceu 0,7%, enquanto livros e papelaria (0,5%) e combustíveis (0,4%)também tiveram resultado positivo. Em contrapartida, hiper e supermercados (-0,5%) e informática (-0,7%)registraram queda.
No varejo ampliado, as atividades de veículos (-7,7%), material de construção (-6,1%) e atacado de alimentos (-1,9%) contribuíram para o recuo de 2,1%.
Desempenho regional do comércio em agosto
Na passagem de julho para agosto, 16 das 27 unidades da federação apresentaram crescimento. O destaque ficou com Rio Grande do Norte (2,6%), Maranhão (2,5%) e Paraíba (1,9%). Entre os estados com queda, os principais foram Amapá (-4,3%), Rondônia (-1,5%) e Espírito Santo (-1,2%).
O Rio Grande do Norte teve sua oitava alta consecutiva, impulsionada pelo setor de supermercados. Já o Maranhãoregistrou a terceira elevação seguida, favorecida por promoções no comércio alimentar.
No varejo ampliado, Goiás (4,8%), Maranhão (2,3%) e Rio Grande do Norte (2,2%) lideraram as altas. Em contraste, Amapá (-4,8%), Rondônia (-2,9%) e Amazonas (-1,3%) ficaram entre os piores desempenhos.
Na comparação com agosto de 2024, 16 estados tiveram crescimento. Rio Grande do Norte (7,3%), Maranhão (4,3%)e Paraíba (4,0%) lideraram os ganhos. Entre as quedas, Tocantins (-9,2%), Piauí (-4,2%) e Roraima (-2,1%) se destacaram.
