Arthur Lira (PP/AL), Arnaldo Jardim (CIdadania/SP) e Roberto Perosa são nomes fortes para ocupar o comando de um dos ministérios mais importantes do Governo Federal
A decisão do Ministério da Fazenda sobre a suspensão das linhas de crédito subvencionadas do Plano Safra na semana passada gerou um embate entre o Ministério da Agricultura e o setor produtivo, representado em Brasília pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Nos bastidores, já se comentava que Fávaro não estava no centro das decisões relevantes da pasta, e a suspensão do Plano Safra reforçou esse entendimento.
Em entrevista à CNN, o vice-presidente da FPA, Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), declarou abertamente que a FPA não está satisfeita com a interrupção do Plano Safra e reforçou que Favaro cuida do ministério enquanto eles cuidam do agro. Cada vez fica mais clara a saída de Fávaro do comando do Ministério, que provavelmente será antecipada em função crise gerada pela suspensão das linhas de crédito do Plano Safra.
Agora a pergunta que todos se fazem é: quem vai assumir o Ministério da Agricultura? Os nomes já estão postos na mesa do jogo político. O mais forte é Arthur Lira (PP/AL), ex-presidente da Câmara dos Deputados, que já havia sido cotado para o cargo. Muitos consideravam sua nomeação como certa. Agora, após a fala de Arnaldo Jardim, negando o convite, o nome de Lira ficou mais forte na lista de possíveis substitutos.
Outro forte candidato é Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária.. Não podemos esquecer que no ano passado, durante o afastamento temporário de Carlos Fávaro, ele assumiu como ministro interino.
Arthur Lira(PP/AL) tem grande influência política, seu cargo como ex-presidente da Câmara dos Deputados e sua posição como um dos principais líderes do “Centrão”, ele busca maior participação no atual governo. Para manter o apoio do Congresso, a cessão de um grande ministério a Lira pode ser uma jogada estratégica do Governo Lula, que satisfaria uma boa parte dos aliados.
Arnaldo Jardim está diretamente ligado às políticas agrícolas, com pautas sobre bioenergia e infraestrutura para o agronegócio. Sua proximidade com os setores do setor pode favorecer a união entre política e o setor produtivo, tornando-o uma opção interessante para a pasta.
Roberto Perosa, com sua experiência de ministro interino no passado também é outro forte candidato. Dos nomes em jogo, provavelmente é o que mais se alinha aos interesses da governança de Carlos Fávaro, devido ao seu conhecimento no mercado externo e sobre políticas agropecuárias. Seria um nome para dar continuidade ao trabalho já iniciado pelo seu antecessor e a escolha mais prudente.
Os três candidatos ao cargo possuem um bom perfil que poderia ser considerado adequado à estratégia do Governo Federal, que é fortalecer a base política (Lira), manter a continuidade técnica (Perosa) ou buscar uma alternativa híbrida, com bom trânsito tanto na política quanto no agronegócio (Jardim).
Os rumores em Brasília são fortes da divulgação do novo ministro hoje ou nos proximos dias. Vamos aguardar. Façam suas apostas.
Por Isabeli Guerreiro - Editoria política