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Crise climática força países a pôr dinheiro na mesa

Às vésperas da COP27, secretário-geral António Guterres fala a jornalistas sobre expectativa; financiamento é destacado pela vice-chefe da ONU, Amina Mohammed, na RD Congo.
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Publicado em 07/10/2022

O secretário-geral da ONU, António Guterres, falou a jornalistas na última segunda-feira, 3 de outubro, sobre desastres naturais vistos nas últimas semanas, como o furacão Ian, na Flórida. Ele conversou com os correspondentes estrangeiros a pouco mais de um mês da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, marcada para 6 a 18 de novembro, em Sharm El Sheikh, Egito. Guterres destacou que ministros dos países participantes se reúnem esta semana em Kinshasa, na República Democrática do Congo, para debater os rumos da COP27.

Para o secretário-geral, a reunião é “crucial” sobretudo com as catástrofes mais recentes em todo o mundo, dos alagamentos às temperaturas recordes. Guterres contou que a vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed, discursou na abertura da pré-COP27, na RD Congo. Ela afirmou que para manter as metas do Acordo de Paris vivas uma das principais questões deve ser o financiamento. Os líderes da ONU lembraram dos compromissos feitos na última COP, em Glasgow, na Escócia. Os países desenvolvidos prometeram dobrar o apoio à adaptação para US$ 40 bilhões por ano até 2025.

Além deste valor, o secretário-geral afirmou que o mundo precisa de clareza dos países desenvolvidos sobre a entrega de US$ 100 bilhões por ano para apoiar a ação climática nos países em desenvolvimento. António Guterres voltou a dizer que as nações do G20 devem tomar a frente na liderança do debate e nos investimentos. Para ele, além dos países desenvolvidos, bancos multilaterais também devem agir para levantar os fundos para mitigação, adaptação e resiliência.
RetrocessosO chefe da ONU ressaltou que a “enquanto o caos climático galopa, a ação climática estagna”. Ele adicionou que “se vive uma luta de vida ou morte por nossa própria segurança hoje e nossa sobrevivência amanhã”. Para Guterres, não é hora de “acusar, apontar os dedos”, mas sim de buscar compromisso entre economias desenvolvidas e emergentes.

Na avaliação do líder da ONU, a guerra na Ucrânia tem atrasado a pauta climática e até mesmo no setor privado é possível observar retrocessos. Mas segundo ele, os impactos e o sofrimento causado pelos desastres climáticos estão acontecendo agora e, por isso, as decisões devem ser tomadas imediatamente.O chefe da ONU acredita que a falhar em agir levará a mais perda de confiança e mais danos climáticos, além de qualificar as ações como um “imperativo moral que não pode ser ignorado”.


Segundo Guterres, pequenos Estados insulares em desenvolvimento e outros países vulneráveis ​​de renda média precisam de acesso a financiamento para adaptação e proteção de suas comunidades e infraestrutura. Ele afirma que em todas as frentes climáticas, a única solução é a solidariedade e a ação decisiva e apela aos líderes para que participem plenamente da COP27 e esclareçam as ações climáticas que serão implementadas em níveis nacional e global.

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Secretário-geral da ONU, António Guterres

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