Mercado acompanha o bom desenvolvimento das lavouras norte-americanas e incertezas geopolíticas que podem afetar o petróleo e os biocombustíveis
Os contratos futuros da soja iniciaram esta segunda-feira (23) em queda na Bolsa de Chicago, com desvalorização entre 4 e 6 pontos. O vencimento julho era negociado a US$ 10,64 por bushel no início da manhã. Na semana anterior, a oleaginosa oscilou entre leves altas e baixas, encerrando em estabilidade.
Segundo a Granoeste Corretora, o mercado internacional segue dividido entre fatores de pressão e suporte. Por um lado, o bom andamento das lavouras nos Estados Unidos e a ampla oferta da América do Sul mantêm os preços sob controle. Por outro, ganham atenção as incertezas geopolíticas, especialmente após os recentes ataques dos EUA a instalações nucleares no Irã, que acendem o alerta para uma possível escalada no preço do petróleo. Existe receio de que o Irã possa reagir impedindo a passagem de navios petroleiros pelo estreito de Ormuz, responsável por cerca de 20% do fluxo global da commodity.
Além disso, os investidores observam rumores sobre mudanças na demanda chinesa. Há indicações de que o país planeja reduzir o uso de farelo na produção de rações, o que poderia diminuir a necessidade de importação de soja nos próximos anos.
Ainda nesta segunda-feira, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgará nova atualização sobre o avanço da safra. Na última semana, o plantio estava 93% concluído, com 66% das lavouras classificadas como boas ou excelentes, abaixo dos 70% registrados no mesmo período do ano passado.
No mercado interno, os negócios seguem lentos. Os prêmios nos portos estão entre 85 e 100 pontos no spot. No oeste do Paraná, as primeiras indicações de compra variam entre R$ 128,00 e R$ 132,00, enquanto em Paranaguá os valores estão entre R$ 138,00 e R$ 142,00, dependendo do prazo de pagamento e do local de entrega.