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Com base nos investimentos mapeados pelo relatório Radar Agro de dezembro/24, produzido pela Consultoria Agro Itaú BBA, a capacidade de esmagamento da indústria brasileira deverá apresentar um incremento de 37 mil t/dia até 2027. Esses investimentos aumentariam a capacidade instalada efetiva deesmagamento de soja de 59,8 MM t em 2024 para 72,1 MM t em 2027.
Assumindo que a taxa de utilização da indústria se manterá em 92% nos próximos anos, a sua média histórica, a moagem estimada subiria de 54,5MM t em 2024 para atingir 66,3 MM t em 2027, um aumento anualizado de 6,8% a.a. no período.
Para mensurar o impacto do aumento da capacidade de esmagamento no complexo soja, foi feito um exercício de projeção paraos balanços de oferta e demanda do grão, do óleo e do farelo. Para o grão,estimou-se um crescimento da produção agrícola para os próximos anos, bem como para as exportações.
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Olhando para 2026/27, caso a produção cresça conforme a expectativa e o esmagamento também corresponda ao ritmo projetado, não havendo restrição para o aumento das exportações do grão, estima-se que a produção deve subir de 98 MM t em 2024 para 110 MM t em 2027.
Mesmo com a capacidade de esmagamento crescente, o excedente exportável de soja em grãos também deve crescer no Brasil,porém espera-se redução em alguns estados, como no PA (-0,8 MM t), RS(-0,5 MM t), PR (-0,3 MM t) e GO (-0,2 MM t) até 2027.
Outro ponto que chama a atenção no relatório é que o estado com maior excedente exportável, o MT, também é o que deverá ter o maior incremento até 2027(+9,9 MM t). Isso ocorre, além da expectativa de incremento da produção, também pelo fato de não termos projetos de plantas de esmagamento no estado, apesar da forte oferta da oleaginosa.
O consumo alimentício do óleo no Brasil deve aumentar marginalmente, enquanto a expectativa é de que a utilização para a produção de biodiesel saia de 5,9 MM t em 2024 para 7,9 MM t em 2027, um crescimento de 34%.
Com o consumo projetado apresentando forte crescimento nos próximos anos, a expectativa é de que as exportações sigam em patamares mais baixos, na faixa de 1 MM t, abaixo da média de 1,8 MM t das últimas cinco safras.
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Esmagamento de soja deverá apresentar um aumento de 37 mil ton/dia até 2027
É o que aponta o relatório Radar Agro da Consultoria Agro Itaú BBA sobre as perspectivas para a indústria de esmagamento e biodiesel no Brasil
Publicado em 16/12/2024 | 14:26:00
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Assumindo que a taxa de utilização da indústria se manterá em 92% nos próximos anos, a sua média histórica, a moagem estimada subiria de 54,5MM t em 2024 para atingir 66,3 MM t em 2027, um aumento anualizado de 6,8% a.a. no período.
Para mensurar o impacto do aumento da capacidade de esmagamento no complexo soja, foi feito um exercício de projeção paraos balanços de oferta e demanda do grão, do óleo e do farelo. Para o grão,estimou-se um crescimento da produção agrícola para os próximos anos, bem como para as exportações.
Olhando para 2026/27, caso a produção cresça conforme a expectativa e o esmagamento também corresponda ao ritmo projetado, não havendo restrição para o aumento das exportações do grão, estima-se que a produção deve subir de 98 MM t em 2024 para 110 MM t em 2027.
Soja B3Disponibilidade de soja
O relatório também projetou a produção de soja por estado para ospróximos anos. Foram consideradas as capacidades atuais de esmagamento e acrescentado o aumento das capacidades mapeado pelo Itaú BBA.
Os dados montram um incremento de 14,5% em relação a capacidade de esmagamento atual
Mesmo com a capacidade de esmagamento crescente, o excedente exportável de soja em grãos também deve crescer no Brasil,porém espera-se redução em alguns estados, como no PA (-0,8 MM t), RS(-0,5 MM t), PR (-0,3 MM t) e GO (-0,2 MM t) até 2027.
Outro ponto que chama a atenção no relatório é que o estado com maior excedente exportável, o MT, também é o que deverá ter o maior incremento até 2027(+9,9 MM t). Isso ocorre, além da expectativa de incremento da produção, também pelo fato de não termos projetos de plantas de esmagamento no estado, apesar da forte oferta da oleaginosa.
Impactos no balanço brasileiro de óleo de soja
Como o esmagamento de soja deverá crescer 6,8% a.a. nos próximos anos, a produção de óleo de soja poderá crescer de 10,9 MM t em 2024 para 12,8 MM t em 2027.
O consumo alimentício do óleo no Brasil deve aumentar marginalmente, enquanto a expectativa é de que a utilização para a produção de biodiesel saia de 5,9 MM t em 2024 para 7,9 MM t em 2027, um crescimento de 34%.
Com o consumo projetado apresentando forte crescimento nos próximos anos, a expectativa é de que as exportações sigam em patamares mais baixos, na faixa de 1 MM t, abaixo da média de 1,8 MM t das últimas cinco safras.
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