Colheita da soja avança no Brasil, mas gargalos logísticos e frete preocupam

O cenário da soja no Brasil apresenta contrastes regionais, segundo análise da TF Agroeconômica. No Rio Grande do Sul, a colheita está praticamente encerrada, mas o mercado permanece parado. Muitos produtores utilizam a soja como subsistência, e a inadimplência preocupa. A produtividade ficou em 1.957 kg/ha, com perdas de 38,43% em relação às projeções iniciais.

Em Santa Catarina, a colheita alcançou 99,6%, mas faltam dados atualizados sobre comercialização, frete e armazenagem, o que limita o planejamento estratégico dos produtores. Já no Paraná, a colheita foi concluída e teve início o vazio sanitário da soja, que busca controlar a ferrugem asiática.

No Mato Grosso do Sul, a colheita também foi finalizada, com produtividade de 54,4 sacas por hectare, 11,4% maior que na safra anterior. Apesar disso, os custos de frete seguem elevados, pressionando a rentabilidade dos produtores. Situação semelhante ocorre no Mato Grosso, que encerrou a safra com produção recorde de 50,58 milhões de toneladas. O estado enfrenta o maior déficit de armazenagem do país, que compromete o escoamento e reduz o poder de barganha dos agricultores.

O MATOPIBA amplia sua participação na exportação de soja, com destaque para os estados da Bahia, Maranhão, Tocantins e Piauí. Contudo, gargalos logísticos e insuficiência na capacidade de armazenagem continuam sendo entraves.

Por fim, em Goiás, a colheita foi concluída, e o estado aposta na agregação de valor, com aumento na exportação de óleo de soja, apesar das pressões logísticas e dos custos de produção.

Soja no Brasil enfrenta gargalos logísticos, custos elevados de frete e desafios na armazenagem. Foto: Canva