Segundo dados do INMET (Instituto Nacional de Metereologia), uma frente fria deve chegar ao Sul do país no início de setembro e trazer um bom volume de chuvas para os Estados do Sul. "Serão três períodos com chuvas dentro do mês", afirma Francisco Assis Diniz, meteorologista do INMET. "No início de setembro já teremos chuvas no Paraná como um todo, abrangendo as cidades de Cascavel, Guarapuava, Maringá, Londrina, Foz do Iguaçu, General Carneiro e Ponta Grossa", informa Assis.
As chuvas retornarão nos dias 7, 8 e 9 de setembro. Uma nova frente fria deve chegar ao Sul do Brasil entre os dias 10 e 13, intercalando um período de chuvas de dois a três dias, com chuvas não volumosas, boas para o plantio. "A outra boa notícia é que as temperaturas devem baixar logo após as chuvas, o que impede a formação e o risco de chuvas de granizo, porém, não descartamos temporais fracos e isolados", diz o meteorologista.
Em relação à frente fria deste final de agosto, Assis informa que não houveram geadas significativa no Sul do país. "Ocorreram geadas apenas no Sul do Paraná, nas regiões de General Carneiro e Guarapuava, mas foi pontual e muito fraca, não trazendo prejuízos para a lavoura", informa. Ele ressalta que as próximas frentes frias também não trarão riscos de geadas. "Talvez no dia 14 e 15 de setembro, quando teremos um ciclone bloqueando o frio no oceano, possa cair mais as temperaturas na parte Sul do Estado, porém, se ocorrer geadas, serão muito fracas", informa.
O engenheiro agrônomo Gustavo Salton, que trabalha com assistência técnica, comemora as boas condições para o plantio que a chuva irá trazer. "Este ano já tivemos um inverno mais chuvoso e temos alguma água disponível no solo, mas mesmo assim a chuva faz um efeito muito positivo nesta hora, que coincide com o plantio da safra de verão no Oeste do Paraná. Essas chuvas intercaladas são perfeitas para um bom plantio. A partir do dia 10 de setembro muitos produtores já iniciarão o plantio de soja", afirma Gustavo.
ESTIAGEM NO FIM DO ANO
Para o resto do ano o efeito La Ninã deve perstir, o que trará estiagem para o final do ano na região Sul do país. A La Niña causa o resfriamento das águas equatoriais no oceano pacifico e quando está ativa causa mudanças no clima no Brasil, especialmente na parte Norte-Nordeste, que tem mais chuvas, e traz estiagem para o Sul do país, partes da Argentina e Paraguai. "O Rio Grande do Sul será o Estado que mais irá sentir os efeitos dessa estiagem", afirma o meteorologista.