Como será o mês de junho em todo o Brasil? Confira

Estamos no outono. O inverno começa oficialmente no dia 21 de junho
Vandré Dubiela
- Exclusivo Rural News
Publicado em 01/06/2024

Estamos no outono. O inverno começa oficialmente no dia 21 de junho. Vários fenômenos meteorológicos já foram registrados desde o início do ano. Com o encerramento do El Niño, agora predomina a fase neutra no pacífico equatorial e a tendência é a de terminar o inverno já com a La Niña.

Durante os primeiros quinze dias de junho, o Rio Grande do Sul será impactado por padrões atmosféricos que trarão ar quente e seco, especialmente nas regiões oeste e norte do estado. As temperaturas tendem a ficar acima da média durante esse período, com a possibilidade de ocorrência de chuvas intensas, embora menos persistentes do que em maio. No fim da primeira quinzena, a expectativa é por uma queda significativa nas temperaturas, marcando o início de uma segunda metade de mês com menos precipitações, as quais serão mais espaçadas e de curta duração.
Mapa de precipitação - junho de 2024
Mapa de precipitação - junho de 2024

Em Santa Catarina, espera-se que a chuva fique abaixo da média no extremo oeste do estado, enquanto no centro-leste, especialmente no litoral, será um pouco acima da média devido ao padrão das frentes frias que se deslocarão ao longo do mês. As temperaturas devem permanecer dentro da média ou ligeiramente acima dela, embora possamos ter alguns dias mais frios em Florianópolis. No geral, ao longo do mês, as temperaturas devem permanecer um pouco mais altas que a média, porém não atingindo níveis muito elevados de calor.

Em São Paulo, o mês de junho será caracterizado por condições de ar seco e temperaturas mais elevadas. Blocos atmosféricos persistentes possibilitarão a eventual chegada de frentes frias e massas de ar mais frio. Em algumas áreas entre Minas Gerais, o interior do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, espera-se que as chuvas fiquem abaixo da média, e as temperaturas fiquem dentro da média ou ligeiramente abaixo. Essa tendência é influenciada pelo ar seco, que favorecerá quedas acentuadas de temperatura durante as noites nessas áreas mais interiores do Espírito Santo e do Rio, assim como em outras áreas de Minas Gerais. Durante as tardes, espera-se um aumento nas temperaturas, com valores um pouco acima da média na região do Triângulo Mineiro, que também está mais próxima da trajetória do ar quente devido à circulação das altas pressões atmosféricas. Quanto à chuva, espera-se que permaneça dentro da normalidade no litoral de São Paulo e do Rio de Janeiro, bem como no sul do Espírito Santo.

Em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal, o mês promete ser significativamente mais seco, com temperaturas ligeiramente acima da média. No entanto, as noites tendem a ser frias, especialmente em áreas centrais e ocidentais dessas regiões, devido à presença do ar seco.

Na Região Norte, as temperaturas permanecerão acima da média em praticamente todas as áreas, com chuvas menos volumosas, especialmente nas regiões centro-sul. Nessa época do ano, essas áreas já recebem pouca precipitação e tendem a ficar abaixo da média. A quantidade de chuva diminuirá gradualmente ao longo do mês nas regiões centro-norte do Amazonas e do Pará, podendo ainda ser superior à média em Roraima. Prevê-se um período de chuvas abundantes ao longo de junho, o que é comum para essa época, no extremo norte do Pará, incluindo a região de Belém, e em algumas áreas do litoral do Amapá, devido à influência da ZCIT, que estará um pouco mais afastada da costa norte. Existe a possibilidade de ocorrerem novas friagens no sul da Região Norte ao longo do mês, devido à facilidade com que o ar frio se desloca pelo interior do continente, aproveitando as altitudes mais baixas. Esse ar frio encontrará mais dificuldade para avançar pelo interior do Brasil.


Sobre o autor Vandré Dubiela

Com mais de três décadas dedicadas ao jornalismo, iniciou a carreira no Jornal O Paraná, de Cascavel, passando pelas principais editorias. Conta com textos e fotografias publicados nos principais meios de comunicação nacional, entre os quais a Folha de São Paulo, Estado de S. Paulo, Gazeta do Povo e Revista Grid. Atuou ainda como produtor da TV Tarobá, afiliada da Band e como editor de portais de notícias. Também é autor do livro AREAC 50 anos – Pioneirismo na defesa e na valorização da agronomia paranaense. Nos últimos anos, se especializou em agronegócio, produzindo reportagens e artigos do gênero, inclusive trabalhos dedicados à OCEPAR (Organização das Cooperativas do Estado do Paraná).
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