Os agricultores nem sempre necessitam realizar a aplicação do agrotóxico para eliminar pragas de suas lavouras. Muitas vezes devido ao uso de modo incorreto, estes produtos podem perder sua eficácia, sendo mais prejudicial do que benéfico para as lavouras.
Com isso, utilizar outros métodos de controle das pragas em campo se torna uma alternativa atrativa e viável para o produtor. Uma dessas alternativas é o controle biológico que ajuda a combater pragas e insetos vetores de doenças utilizando inimigos naturais.
O engenheiro agrônomo e coordenador do curso de agronomia da Unopar, Wesley Machado, explica que o controle biológico controla as pragas agrícolas e os insetos transmissores de doenças a partir do uso de seus inimigos naturais, que podem ser outros insetos benéficos, predadores, parasitóides, e microrganismos, como fungos, vírus e bactérias.
"Diferente dos agrotóxicos o controle biológico é sadio, não deixa resíduos nos alimentos é inofensivo ao meio ambiente e à saúde da população. Um dos fungos benéficos para as lavouras é o Trichoderma, ele pode aumentar em até 60% a produtividade, além de melhorar a tolerância das culturas aos estresses climáticos", explica o especialista.
Machado explica que a joaninha conhecida por sua beleza e que em muitas culturas são símbolos de boa sorte e fartura também é um inseto benéfico para a lavoura. "Elas são predadoras de pragas e se alimentam de pulgões e cochonilhas, pragas presentes em algumas culturas de hortaliças e frutíferas. Uma larva adulta de joaninha chega a predar até 200 pulgões por dia. Isso é extremamente benéfico para os produtores", destaca.
No Brasil ainda não existe "biofábricas" em larga escala que produzam joaninhas para comercialização. O professor elenca algumas dicas para deixar a lavoura atrativa para elas:
- As joaninhas são sensíveis aos defensivos agrícolas;
- Plante lírios; tulipas, girassol, erva doce, manjericão e coentros para atrai-las, pois além dos pulgões e cochonilhas elas alimentam-se de pequenas porções de pólen e néctar;