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Indústria testa preços do boi gordo, mas pecuaristas resistem

Os pecuaristas estão muito cuidadosos para vender, enquanto compradores testam o mercado antes de um período que deve haver maior demanda
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- Especial para Rural News
Publicado em 25/01/2024

Uma quinta-feira com o “peso dos animais em escala” com efeito expressivo em alguns estados pecuários. No começo desta semana, eu já escrevia da possibilidade, muito robusta, dos recuos de preços na arroba nesta semana. De fato, temos elementos que nos mostram a confirmação da tendência em São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

Nesta quinta-feira, por volta das 10h30, eu recebia os prognósticos de negócios com o boi gordo no MS e os números confirmaram o recuo neste Estado.
Houve recuos de preços na arroba nesta semana nas principais praças
Houve recuos de preços na arroba nesta semana nas principais praças

O MS tinha valores arroba, nas principais indústrias que atuam na região (Marfrig, JBS e Naturafrig) em R$ 230, desde a primeira semana de dezembro.
No dia 21/12, os valores atingiram R$ 235, retornaram ao valor uma semana depois e, hoje, os valores caíram para R$ 225,00 no JBS, com Marfrig sem negócios desde quarta-feira (24/1), com retorno esperado na segunda ou terça-feira. Há escalas no Estado até o dia 7 de fevereiro.

O cenário descrito no MS é ilustrativo e mostra a situação da pecuária nos principais estados produtores, com escalas de abate confortáveis, com recuo da necessidade de compras e forte cautela na decisão de compra de animais.
A descrição é presente no mercado pecuário desde o começo dos negócios em 2024, que vinham com bons volumes de dias garantidos de trabalho na indústria e aumentaram no decorrer no período, “recheadas” com animais fora do peso e ainda expressiva participação de fêmeas.

Em São Paulo, praça de referência, a arroba do boi gordo é negociada, em média, no prazo, a R$ 240 e boi China em R$ 245, ligeira queda de 0,54%.

Todavia, não há cautela apenas por parte de compradores, que têm testado o mercado, antes de um período que deve haver maior demanda (semana com abates entre os dias 5 e 9, Carnaval, somado aos salários sendo pagos) o pecuarista está também muito cuidadoso para vender. As chuvas que parecem começar ficar mais regulares, ajudam a elevar o prazo para o produtor rural negociar seus animais.
Com o exposto, mantemos a posição de acreditar em retorno ou recuperação de preços da arroba nas primeiras semanas de fevereiro/24.


Sobre o autor

Fabiano Reis é jornalista econômico, especialista em Marketing rural e mestre em Produção e Gestão Agroindustrial. Editor de economia e agricultura do Canal do Boi, onde apresenta o programa AgriculturaBR. É colunista econômico em diversos veículos de imprensa. Professor universitário nos cursos de Administração e Comunicação Social. Palestrante nas áreas de comunicação e agronegócio; Apresentador de eventos e feiras. Publicou os livros Reflexos sobre o nada nos mares do Pantanal, Life Editora, 2011 (livro poesias); A interação da pecuária brasileira, Nelore MS, 2012; Nelore: mostra a força de uma raça, Nelore MS, 2010; O perfil do comércio varejista de carne bovina de Campo Grande-MS, dissertação de mestrado, UNIDERP, 2005; Redação e revisão do livro Organização e Valor para Comércio Varejista de Carne, SEBRAE, 2004.
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