CNA avalia avanço da zona livre de peste suína no Brasil
Comissão debate vigilância sanitária, reformulação de planos regionais e reconhecimento internacional da zona livre de peste suína clássica
Reunião da Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA discutiu a situação da peste suína clássica. Foto: CNA / Divulgação
A Comissão Nacional de Aves e Suínos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu, na quinta-feira (11), para avaliar o cenário da peste suína clássica (PSC) no país. Além disso, o grupo debateu os próximos passos para ampliar a zona livre da doença e fortalecer a segurança sanitária da suinocultura brasileira.
O encontro contou com a participação da chefe da Divisão de Sanidade Suídea do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Lia Coswig. Durante a reunião, ela apresentou um panorama atualizado e destacou que os estados que integram a zona não livre seguem sob vigilância clínica permanente e passam por inquéritos soroepidemiológicos.
Avanço da zona livre e vigilância sanitária
De acordo com Lia Coswig, a expectativa é que a Região II mantenha as ações de vigilância ao longo de 2026. A área reúne os estados do Amazonas, Pará, Roraima, Amapá e Maranhão, que não registram ocorrências da doença. Caso o cenário permaneça estável, o governo pretende apresentar o pleito de reconhecimento à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) em 2027. Assim, o país poderá obter o status de zona livre em 2028.
Enquanto isso, na Região I, formada por Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí, os técnicos avançam na reformulação do Plano de Ação. O trabalho inclui a revisão do sistema de vigilância, a redefinição das áreas de intervenção e o aprimoramento das estratégias de vacinação.
Integração, Cadecs e alinhamento nacional
Além do tema sanitário, a Comissão também analisou as discussões em andamento no Fórum Nacional de Integração Agroindustrial (Foniagro). Em especial, os participantes trataram dos parâmetros técnicos e econômicos mínimos que orientam a validação, pelas Cadecs, dos estudos de viabilidade econômico-financeira dos projetos técnicos.
Os indicadores definidos de forma consensual entre produtores integrados e empresas integradoras serão incorporados ao Manual das Cadecs. Dessa maneira, o setor busca padronizar critérios, dar mais transparência às análises e fortalecer a integração nas cadeias de aves e suínos.
Por fim, os integrantes fizeram um balanço do 3º Encontro Nacional das Cadecs, realizado em novembro, em Brasília. O evento reuniu mais de cem participantes, entre representantes das Federações de Agricultura e Pecuária dos estados, produtores integrados e lideranças do setor. O encontro contribuiu para alinhar, em nível nacional, os principais temas que envolvem a integração agroindustrial.
