Mercado de milho segue travado no Sul e Centro-Oeste
Com colheita avançada no Sul e lenta no Centro-Oeste, mercado de milho permanece travado, com compradores e vendedores sem acordo

Mercado de milho segue travado, mesmo com colheita avançada no Sul e início no Centro-Oeste. Foto: Canva

De acordo com dados da TF Agroeoconômica, o milho segue estável no Rio Grande do Sul, com colheita avançada e mercado travado. As cotações se mantêm entre R$ 66,00 e R$ 70,00, dependendo da praça, mas os produtores preferem segurar o produto na expectativa de melhores preços. A produção da primeira safra chegou a 5,51 milhões de toneladas, com crescimento de 13,5% sobre o ciclo anterior, apesar da redução de 11,8% na área plantada.
Em Santa Catarina, o mercado também está travado, mesmo com safra recorde e colheita acelerada. As pedidas dos produtores chegam a R$ 85,00 em algumas regiões, mas as ofertas ficam em torno de R$ 80,00, mantendo o impasse nas negociações.
No Paraná, o mercado de milho permanece lento, aguardando a entrada da segunda safra. Apenas 3% da área foi colhida, mesmo índice da semana anterior. As ofertas FOB chegam a R$ 76,00, enquanto os compradores trabalham com CIF de R$ 73,00. As condições das lavouras melhoraram, mas o excesso de umidade impede o avanço da colheita.
Em Mato Grosso do Sul, a liquidez continua muito baixa. A colheita segue lenta e os preços giram em torno de R$ 53,53/saca. Os produtores evitam vender no atual patamar e aguardam uma possível reação do mercado.
Em Goiás, os preços seguem em queda. A colheita está mais acelerada em Jataí, mas o mercado permanece sem força, refletindo o aumento da cautela entre produtores e compradores, que não chegam a um consenso nos preços.
Minas Gerais mantém estabilidade, apesar das pressões climáticas e de uma safra desigual. Enquanto algumas regiões apresentam boas condições, outras sofrem com estresse hídrico e produtividade abaixo do esperado.
