Controle do milho tiguera é essencial para proteger soja
Plantas invasoras competem por recursos, formam ponte verde e abrigam pragas que ameaçam a produtividade

Foto: Wesley Santos / Divulgação

Com o encerramento da colheita da segunda safra de milho em Mato Grosso do Sul, produtores devem redobrar a atenção com o milho tiguera. Essas plantas surgem de sementes remanescentes ou grãos perdidos na colheita e representam risco à soja. Além disso, competem por espaço, luminosidade, água e nutrientes, funcionando também como ponte verde, o que oferece abrigo a insetos-praga e facilita a disseminação de doenças.
O milho tiguera pode abrigar principalmente cigarrinhas, lagartas e percevejos. Consequentemente, esses insetos podem migrar para outras lavouras ou permanecer no campo até o próximo ciclo agrícola. Isso aumenta, portanto, a necessidade de aplicação de defensivos químicos, elevando os custos de produção.
Para a pesquisadora da Fundação Chapadão, Dra. Tatiane Lobak, a chave para reduzir perdas de produtividade na soja e no milho é um manejo rigoroso das plantas invasoras.
Ela alerta que, com as chuvas, diferentes fluxos de emergência do milho tiguera podem ocorrer, servindo de alimento e abrigo para pragas. Por isso, iniciar a nova safra de soja com o campo limpo, sem milho tiguera ou outras plantas daninhas, é essencial para manter a produtividade.
Entre as estratégias mais eficazes estão o descarte correto dos resíduos da colheita, o controle mecânico, a aplicação seletiva de herbicidas e a rotação de culturas. Dessa forma, o manejo integrado ajuda a reduzir a presença do milho tiguera e protege a soja, garantindo rendimento e sustentabilidade na produção.
