A declaração diretor de Finanças e Tecnologia de dados da Danone, Juergen Esser, da matriz na França para a agência de notícias Reuters na última quinta-feira, de que Danone está deixando de adquirir a soja brasileira para formulação de seus produtos, revoltou o setor, entidades de classes, Governo Federal e, principalmente os produtores rurais.
E nas mídias sociais, entidades e agricultores já convocam um boicote aos produtos da marca no Brasil.a empresa, que tem um faturamento anual na casa de cerca de US$ 30 bilhões anuais, adquire produtos processados de soja em torno de 262 mil toneladas para suas criações e 53 mil toneladas para produção de leite e iogurtes de soja.
A Aprosoja afirmou ainda que é passível de reclamação por parte do governo brasileiro nas instâncias que regulam o comércio mundial, pelo seu caráter punitivo, discriminatório e coercitivo. "O boicote adotado pela multinacional francesa Danone já traz prejuízos para o Brasil e para os brasileiros", afirmou a entidade.
O Governo Federal, através do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) rebateu que o Brasil conta com uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo, apoiada por um sistema de comando e controle eficiente e respaldado por uma complexa estrutura de monitoramento e fiscalização.
Segundo o COMUNICADO OFICIAL, do Governo Federal, as empresas brasileiras atuantes no mercado de exportação de soja e outros produtos agrícolas estão em conformidade com rigorosos processos de due diligence que garantem o cumprimento das exigências de seus clientes internacionais. "Esses processos refletem os esforços e os investimentos em sustentabilidade feitos pelo setor produtivo brasileiro, com modelos de rastreabilidade robustos e reconhecidos internacionalmente", ressalta.