Em agosto de 2023, a produção industrial nacional variou 0,4% frente a julho, na série com ajuste sazonal. Em relação a agosto de 2022, o avanço foi de 0,5%. Frente a igual período de 2022, a indústria acumula taxa negativa no ano (-0,3%). O acumulado nos últimos 12 meses assinala variação negativa de -0,1%.
Três das quatro grandes categorias econômicas e 18 dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram expansão na produção. As influências positivas mais importantes foram assinaladas por produtos farmoquímicos e farmacêuticos (18,6%), veículos automotores, reboques e carrocerias (5,2%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (16,6%). Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de produtos alimentícios (1,0%), de produtos químicos (2,2%), de máquinas e equipamentos (4,2%), de produtos de borracha e de material plástico (2,9%), de produtos de metal (1,9%), de móveis (5,1%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (2,8%).
Por outro lado, entre as seis atividades que apontaram recuo na produção, indústrias extrativas (-2,7%) exerceu o principal impacto em agosto de 2023. Vale destacar também os recuos assinalados pelos ramos de produtos diversos (-8,0%), de couro, artigos para viagem e calçados (-4,2%) e de metalurgia (-1,1%).
Entre as grandes categorias econômicas, ainda frente ao mês anterior, bens de consumo duráveis (8,0%) e bens de capital (4,3%) assinalaram as taxas positivas mais acentuadas em agosto de 2023. O setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis (1,0%) também mostrou crescimento nesse mês. Por outro lado, o segmento de bens intermediários (-0,3%) assinalou a única taxa negativa em agosto de 2023.
Média móvel trimestral varia -0,1%
Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral para o total da indústria mostrou foi de -0,1% no trimestre encerrado em agosto de 2023 frente ao nível do mês anterior, após também registrar -0,1% em julho e junho últimos, quando interrompeu a sequência de resultados positivos assinalados em maio (0,3%), abril (0,1%) e março (0,2%) de 2023.
Entre as categorias econômicas, ainda na série com ajuste sazonal, bens de capital (-2,1%) apontou a taxa negativa mais acentuada nesse mês e manteve a trajetória descendente iniciada em março de 2023. Os segmentos de bens de consumo duráveis (-0,7%) e de bens intermediários (-0,4%) também assinalaram resultados negativos em agosto de 2023.
Por outro lado, o segmento de bens de consumo semi e não duráveis (1,1%) mostrou o único resultado positivo nesse mês, após também avançar em julho (0,5%) e junho (0,3%) últimos.
Frente a agosto de 2022, houve expansão em três das quatro grandes categorias
Ante igual mês de 2022 o setor industrial assinalou acréscimo de 0,5% em agosto de 2023, com resultados positivos em três das quatro grandes categorias econômicas, 9 dos 25 ramos, 32 dos 80 grupos e 42,0% dos 789 produtos pesquisados. Vale citar que agosto de 2023 (23 dias) teve o mesmo número de dias úteis do que igual mês do ano anterior (23).
Entre as atividades, as principais influências positivas no total da indústria foram registradas por produtos alimentícios (7,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (6,5%) e indústrias extrativas (3,8%). Vale destacar também as contribuições positivas assinaladas pelos ramos de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,6%), de impressão e reprodução de gravações (27,6%) e de outros equipamentos de transporte (7,6%).
Por outro lado, ainda frente a agosto de 2022, entre as quinze atividades em queda, veículos automotores, reboques e carrocerias (-10,7%), produtos químicos (-4,5%) e máquinas e equipamentos (-7,0%) exerceram as maiores influências na formação da média da indústria.
Outros impactos negativos importantes vieram de produtos diversos (-18,3%), metalurgia (-4,5%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-9,4%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-7,9%), produtos de minerais não metálicos (-6,1%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,2%) e celulose, papel e produtos de papel (-4,2%).
Bens de consumo semi e não duráveis teve a maior expansão na comparação anual
Ainda frente a agosto de 2022, bens de consumo semi e não duráveis (3,5%) e bens de consumo duráveis (2,8%) assinalaram, em agosto de 2023, as expansões mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. A produção de bens intermediários (0,4%) também cresceu, mas com avanço menos intenso do que o observado na média da indústria (0,5%). Por outro lado, o setor de bens de capital (-15,4%) teve a única taxa negativa em agosto.
Acumulado do ano até agosto mostra variação negativa de 0,3%
No acumulado do ano, frente a igual período de 2022, o setor industrial acumulou queda de 0,3%, com resultados negativos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 17 dos 25 ramos, 49 dos 80 grupos e 55,8% dos 789 produtos pesquisados.
Entre as atividades, as principais influências negativas no total da indústria vieram de produtos químicos (-7,8%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,4%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,1%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-10,8%), máquinas e equipamentos (-6,2%) e produtos de minerais não metálicos (-7,5%).
Destaque-se também as contribuições negativas de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-8,7%), de produtos de madeira (-13,9%), de metalurgia (-3,0%) e de produtos diversos (-7,9%).
Por outro lado, ainda frente a agosto de 2022, entre as oito atividades com alta na produção, indústrias extrativas (5,7%), produtos alimentícios (3,6%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,9%) exerceram as maiores influências na formação da média da indústria. Outros impactos positivos importantes foram registrados por produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,1%) e outros equipamentos de transporte (14,0%).
Entre as categorias econômicas, houve menor dinamismo para bens de capital (-11,4%). O setor produtor de bens intermediários (-0,4%) também assinalou resultado negativo e com perda ligeiramente mais intensa do que a verificada na média da indústria (-0,3%).
Por outro lado, o maior avanço foi em bens de consumo duráveis (4,1%), mas o acumulado no ano dos bens de consumo semi e não duráveis (1,7%) também mostrou crescimento.