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Governo Federal volta a restringir criação de aves ao ar livre sem tela de proteção

Medida preventiva busca conter o avanço da gripe aviária e reforçar a biossegurança nas granjas

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Redação RuralNews
27/03/2025 | 14:49:00
Como parte das ações para evitar a disseminação da influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) determinou novas restrições à criação de aves ao ar livre sem telas de proteção superior. A Portaria nº 782, publicada nesta quinta-feira (27) no Diário Oficial da União, estabelece que a medida terá duração inicial de 180 dias, podendo ser prorrogada.

Além disso, cada estado poderá decidir sobre a realização de eventos como exposições, feiras e torneios que envolvam aglomeração de aves. A liberação dependerá da autorização do Serviço Veterinário Estadual, que avaliará a situação epidemiológica e exigirá um plano de biosseguridade dos organizadores.


No Paraná, maior produtor e exportador de frangos do Brasil, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adapar) reforçou as ações de monitoramento. Segundo Rafael Gonçalves Dias, chefe do Departamento de Saúde Animal da Adapar, a colocação de telas em áreas de pastoreio já foi exigida no passado, mas havia sido suspensa. “A medida volta a ser necessária diante do risco da reintrodução da doença na América do Sul e no Brasil, com impacto direto sobre o setor produtivo”, explica.

O litoral paranaense, por onde chegam aves migratórias vindas de outras regiões, é um dos focos de monitoramento. A Adapar realiza inspeções em propriedades com criação de galinhas de subsistência e mantém parceria com o Centro de Estudos Marinhos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) para acompanhar as espécies migratórias que podem transmitir o vírus.
Logomarca mini RuralNews Preços do frango resfriado CEPEA/BM&F/ESALQ - Estado de SP
Data
Valor (R$)
Var./Dia
Var./Mes
29-04-2025
8,71
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4,31%
28-04-2025
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25-04-2025
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24-04-2025
8,78
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8,68
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22-04-2025
8,77
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17-04-2025
8,77
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5,03%

O Governo do Paraná também prorrogou, pela terceira vez, o decreto de emergência zoossanitária, que vigora desde janeiro de 2025. A influenza aviária, que já causou surtos em diversas regiões das Américas, tem potencial para impactar o comércio internacional de produtos avícolas. Desde a confirmação do primeiro caso no Brasil, em maio de 2023, o Paraná registrou 13 focos da doença, todos em aves silvestres e rapidamente controlados.
Medida do governo visa reforçar a biossegurança e evitar a entrada do vírus da gripe aviária no país. Foto: Seab/PR

O Estado lidera a produção nacional de frango, respondendo por 34,2% dos abates em 2024, segundo o IBGE. Foram 2,2 bilhões de frangos abatidos e 4,7 milhões de toneladas de carne produzidas. No mercado externo, o Paraná também se mantém no topo das exportações, com 2,1 milhões de toneladas enviadas para o exterior no último ano, gerando uma receita de US$ 4 bilhões.

Casos suspeitos devem ser comunicados à Adapar, que mantém escritórios em diversas cidades do Paraná. Sinais como dificuldades respiratórias, espirros e fraqueza nas aves devem ser informados para garantir a rápida contenção de possíveis surtos.



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#avicultura
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