Receita das vendas internacionais de carne de frango teve crescimento de 18,5% no mês
As exportações brasileiras de carne de frango – considerando produtos in natura e processados – alcançaram 476 mil toneladas em março, um avanço de 13,8% frente ao mesmo mês de 2024, quando os embarques totalizaram 418,2 mil toneladas. Os dados são da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), com base em números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
A receita com as vendas internacionais também apresentou desempenho positivo, somando US$ 889,9 milhões, resultado 18,5% superior ao obtido no mesmo período do ano passado, de US$ 751,3 milhões.
Com esse resultado, o setor acumula, no primeiro trimestre de 2025, 1,387 milhão de toneladas exportadas – volume 13,7% maior que o registrado entre janeiro e março de 2024 (1,220 milhão de toneladas). Em termos de receita, o avanço foi ainda mais expressivo: US$ 2,587 bilhões no acumulado do ano, frente a US$ 2,142 bilhões no mesmo intervalo de 2024, alta de 20,8%.
A China permaneceu como principal destino da carne de frango brasileira em março, com 46,4 mil toneladas embarcadas – aumento de 19,3% na comparação anual. Outros destaques incluem:
Arábia Saudita: 40,5 mil toneladas (+15,7%)
Emirados Árabes Unidos: 32,2 mil toneladas (-21%)
Japão: 29,8 mil toneladas (-5,5%)
África do Sul: 27,2 mil toneladas (-4,7%)
Filipinas: 25,1 mil toneladas (+43,6%)
União Europeia: 23 mil toneladas (+29,9%)
México: 20,4 mil toneladas (+52,4%)
Coreia do Sul: 14,9 mil toneladas (+18,4%)
Iraque: 14,9 mil toneladas (-7,6%
)Entre os estados, o Paraná liderou as exportações, com 192,3 mil toneladas embarcadas (+11,6% em relação a março de 2024).
Em seguida vieram:
Santa Catarina: 106,1 mil toneladas (+12,1%)
Rio Grande do Sul: 63,2 mil toneladas (+11,2%)
São Paulo: 26,5 mil toneladas (+19,9%)Goiás: 22,6 mil toneladas (+18,6%)
De acordo com Ricardo Santin, presidente da ABPA, a média de exportações mensais de carne de frango se manteve acima de 460 mil toneladas no primeiro trimestre, um marco inédito para o setor.
“Diversos mercados de maior valor agregado apresentaram altas expressivas, o que impulsionou a receita a um nível de crescimento mais elevado que o próprio volume exportado. Esses resultados indicam que podemos superar as projeções iniciais da ABPA para 2025”, afirmou.