ABPA prevê retomada nas exportações após autodeclaração de área livre de Influenza Aviária
As exportações brasileiras de carne de frango, considerando os produtos in natura e processados, fecharam o primeiro semestre de 2025 com crescimento de 0,5% no volume embarcado, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). No total, foram exportadas 2,6 milhões de toneladas, frente a 2,588 milhões no mesmo período do ano passado.
A receita cambial gerada no semestre somou US$ 4,871 bilhões, valor 5% superior ao registrado nos seis primeiros meses de 2024, que foi de US$ 4,636 bilhões.
Em junho, no entanto, os embarques recuaram 21,2%, totalizando 343,4 mil toneladas, contra 435,9 mil toneladas no mesmo mês do ano anterior. A receita do mês passado foi de US$ 637 milhões, queda de 19,7% em relação aos US$ 793,6 milhões de junho de 2024.
No ranking dos principais destinos da carne de frango brasileira no semestre, os Emirados Árabes Unidos lideram com 231,1 mil toneladas (-3,7%), seguidos por China (228,6 mil t; -17,2%), Arábia Saudita (201,9 mil t; -2%), Japão (198,2 mil t; -7,5%) e África do Sul (133,9 mil t; -20,3%). Já a União Europeia ampliou suas compras em 20,8%, com 125,3 mil toneladas, acompanhada por Filipinas (122,8 mil t; +2,2%) e México (89,9 mil t; +7,7%).
Entre os estados exportadores, o Paraná segue na liderança, com 1,039 milhão de toneladas embarcadas no semestre, embora com queda de 3,49%. Santa Catarina exportou 573,3 mil toneladas (+1,72%), Rio Grande do Sul, 348,5 mil toneladas (-1,62%), São Paulo, 154 mil toneladas (+12,4%) e Goiás, 131,1 mil toneladas (+4,2%).
Segundo o presidente da ABPA, Ricardo Santin, os dados de maio e junho indicam que o impacto das suspensões relacionadas ao foco de Influenza Aviária em produção comercial foi menor que o inicialmente especulado. Com a autodeclaração do Brasil como país livre da doença já apresentada à Organização Mundial de Saúde Animal, boa parte dos mercados retomou os embarques, e a expectativa é de que o segundo semestre apresente crescimento mais expressivo nas exportações.