Preços das commoditites em queda constante em Chicago é exagero do mercado?
Futuros da soja continuam em queda e renovam mínimas quase que diariamente nos últimos dias na Bolsa de Chicago
Futuros da soja continuam em queda e renovam mínimas! Está sendo assim para os preços nos últimos dias na Bolsa de Chicago. A questão que eu lhes trago hoje é: será que o mercado está exagerando?
Vamos primeiro entender os fatores que vem contribuindo para a depreciação dos preços da soja. Até semana passada os EUA eram pouco competitivos e perdiam lugar para o Brasil.
Quando se fala de origem mais barata para importadores, a recente guinada do dólar frente ao real ajudou muito nesse movimento, fazendo com que os preços na CBOT tivessem que se ajustar para promover mais competitividade.
Outro fator é a possibilidade de a Argentina ter um aumento súbito nas suas ofertas, devido ao incentivo governamental ao diminuir as taxas de impostos cobradas.
E temos a questão de o clima estar contribuindo para uma safra gigantesca no solo americano. Até o presente momento, tivemos poucos ou quase nenhum contratempo neste quesito.
Tanto é que o mercado se prepara para a publicação do relatório de oferta e demanda do USDA que será de conhecimento público no próximo dia 12/08, no que tange a este relatório, as expectativas são ainda mais baixistas!
Muitos acreditam que podemos ver um aumento na expectativa de produtividade de soja, o que culminaria em um aumento de cerca de 1 milhão de toneladas na produção total e provavelmente o mesmo aumento para os estoques finais.
Mas existe uma luz no fim do túnel... A cada dia que passa e a posição dos vendidos aumenta na bolsa americana, qualquer fator positivo ao preço, pode desencadear um movimento de ajuste positivo proveniente de stops de posições vendidas.
Além disso, estamos chegando próximo ao fim na capacidade de exportação da soja brasileira, com line-up atual para chegarmos na marca de 80 milhões de toneladas, apenas 13 milhões atrás da expectativa de 93MT.
Com isso, os EUA tiram mais espaço e menos competitividade para rodar melhor o seu programa de exportação e com patamares de preços que sejam mais atrativos aos produtores.
Vamos às cotações: o óleo de soja encerrou a quinta-feira (08/08) com queda de 0,05%, soja em grão contrato novembro com queda de 1,03%, cotado a U$10,08/bu e o farelo com queda de 1,27%. Trigo com leve queda de 0,14% e milho com queda de 1,04%.
Na bolsa brasileira, o milho contrato setembro chegou a negociar com mais de 1% de alta, porém encerrou o dia estável com variação de -0,03%, cotado a R$60,02/sc.
Breve volta à economia mundial
Após a publicação de pedidos iniciais por seguro-desemprego americano ter apresentado um número menor do que a expectativa, as bolsas americanas reagiram com otimismo e encerraram o dia com forte valorização S&P 500 subiu 2,19% e NASDAQ teve alta de 2,86%.
Na Europa as bolsas trabalharam com estabilidade e o EURO STOXX 50 encerrou no mesmo fechamento de ontem.
No Brasil o IBOVESPA subiu 0,90%, com a possibilidade de o Brasil voltar a ser um país de referência para operações de Carry Trade, favorecendo o fluxo de capital estrangeiro.
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