Margens da suinocultura brasileira sobem para 23%, impulsionadas por preços estáveis, custos controlados e expansão das exportações em 2025
A margens da suinocultura brasileira sobem para 23%, alcançando um dos melhores níveis históricos para o setor. Segundo análise do Itaú BBA, o spread médio, que foi de 8% no segundo semestre de 2023, saltou para 20% em 2024 e atingiu 23% no primeiro semestre de 2025. Esse percentual supera a média histórica de 1% registrada desde 2016.
De acordo com o relatório do banco, o cenário favorável decorre de fatores diversos. Por um lado, a produção mais controlada ajudou a manter os preços estáveis. Por outro, as boas safras de grãos no Brasil reduziram os custos de produção em comparação com os anos de 2021 e 2022.
As margens da suinocultura brasileira sobem para 23%, impulsionadas por preços mais estáveis e custos controlados, além da expansão das exportações para destinos variados. Entre janeiro e maio de 2025, as exportações de carne suína cresceram 16,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A expectativa é que o novo status sanitário do Brasil — livre de febre aftosa sem vacinação — facilite o avanço das exportações para mercados exigentes, como Japão e Coreia do Sul. Este último é o quarto maior importador global, mas ainda responde por apenas 1,7% das compras brasileiras.
Para 2025, o Itaú BBA projeta um novo recorde de produção de carne suína, com alta estimada de 2%. Ao mesmo tempo, as exportações devem crescer em ritmo acelerado, o que pode causar uma leve queda no consumo aparente dentro do mercado interno.