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Aprosoja MT leva debate sobre métricas ambientais à COP30

Documento apresentado na COP30 reforça pedido por métricas ambientais adaptadas aos biomas tropicais

Aprosoja MT leva debate sobre métricas ambientais à COP30

Foto: Aprosoja MT / Divulgação

Foto do autor Redação RuralNews
23/11/2025 |

A Aprosoja MT aproveitou sua participação na COP30 para reforçar a divulgação da Carta-Manifesto dos Produtores de Soja do Brasil. O documento reúne as principais diretrizes do setor para uma agenda climática alinhada à realidade tropical e destaca a necessidade de indicadores ambientais mais compatíveis com os biomas brasileiros. Além disso, durante o evento, a entidade ressaltou as práticas de conservação já adotadas pelos produtores.

Ajustes urgentes nas métricas ambientais e avanços no debate climático

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A Aprosoja MT afirma que a Carta-Manifesto inaugura um movimento contínuo de aperfeiçoamento das avaliações ambientais aplicadas ao agronegócio. Segundo o vice-presidente da entidade, Luiz Pedro Bier, o texto representa apenas o primeiro passo. Ele destaca que o setor terá um longo período de diálogo e articulação para consolidar métricas mais adequadas ao campo tropical. Desse modo, a entidade busca fortalecer a credibilidade das análises ambientais.

Ao participar das agendas da conferência, a Aprosoja MT reforçou o compromisso dos produtores mato-grossenses com uma produção sustentável e tecnificada. Por isso, a entidade reafirmou a necessidade de responder às exigências globais de responsabilidade socioambiental. Além disso, seus representantes lembram que o agro brasileiro já adota práticas de conservação que merecem reconhecimento internacional.

A Carta-Manifesto tem 27 páginas e foi elaborada pela Aprosoja MT e pela Aprosoja Brasil, com contribuição do professor da FGV e doutor pela Universidade de Harvard, Daniel Vargas. Entre as propostas, surge a criação de um Sistema Nacional de Métricas e Padrões Tropicais. A iniciativa pretende desenvolver metodologias compatíveis com os ciclos tropicais do carbono e com os sistemas integrados de produção, amplamente utilizados no Brasil. Assim, o setor espera reduzir distorções e ampliar a precisão das avaliações ambientais.

Busca por métricas mais realistas e alinhadas ao agro tropical

Para Bier, as métricas atuais foram desenhadas para climas temperados, sobretudo na Europa. Ele argumenta que a simples transferência dessas regras para os trópicos desconsidera a preservação ambiental já realizada no Brasil. Por isso, os produtores perdem reconhecimento e sofrem com avaliações ambientais desconectadas da realidade nacional. Dessa forma, a Aprosoja MT defende indicadores que reflitam a verdadeira contribuição do agro brasileiro.

Ao comentar as expectativas da apresentação durante a COP30, Bier ressalta que o setor não busca respostas imediatas. O objetivo, segundo ele, é estimular o debate e indicar os caminhos desejados pelos produtores. Ele lembra que esse processo exige tempo, articulação constante e construção coletiva. Portanto, o documento funciona como ponto de partida para discussões mais amplas.

Por fim, a Aprosoja MT reforça que seguirá contribuindo para o debate ambiental no agro. A entidade afirma que os produtores investem continuamente em inovação, manejo responsável e práticas que protegem as lavouras e o meio ambiente. Assim, buscam garantir o avanço sustentável do setor e atender às demandas crescentes por responsabilidade socioambiental.

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Editor RuralNews
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TAGS: #Aprosoja # COP30
# Métricas Ambientais # Biomas Tropicais # Aprosoja MT
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