Soja opera em leve alta em Chicago com atenção à colheita nos EUA e negociações com a China
O contrato de soja em Chicago para novembro subiu levemente e encerrou a sessão em US$ 10,51 por bushel. Depois de ganhos de 7 pontos na sessão anterior, o mercado foca no andamento da colheita norte-americana e na maior disponibilidade do grão.
Até domingo, 5% da safra americana já havia sido colhida, segundo o USDA. A produção total deve chegar a 117,1 milhões de toneladas. Além disso, os participantes acompanham negociações comerciais entre EUA e China, que ainda não trouxeram novidades. Uma ligação entre os dois governos está programada para sexta-feira. Paralelamente, o mercado observa as definições das taxas de juros nos EUA e no Brasil, com expectativa de corte de 0,25 ponto percentual nos EUA.
No Meio-Oeste americano, 63% das lavouras de soja estão em boas ou excelentes condições. Esse índice caiu um ponto em relação à semana passada e está abaixo dos 64% do ano anterior. O clima quente e seco favorece a colheita, mas prejudica áreas mais tardias.
No Brasil, a ANEC projeta exportações de soja acima de 7,5 milhões de toneladas em setembro. Em agosto, o total embarcado foi de 8,1 milhões. Apesar da oferta elevada, os prêmios nos portos permanecem firmes. O mercado spot varia entre 175 e 190, e para novembro, entre 180 e 195.
A queda do dólar limita a formação de preços. No oeste do Paraná, as cotações ficam entre R$ 132,00 e R$ 134,00 por saca. Em Paranaguá, os preços variam de R$ 141,00 a R$ 143,00, conforme o prazo de pagamento e a logística de embarque.
De acordo com a Granoeste, o clima seco nos EUA e os prêmios firmes no Brasil mantêm os compradores atentos. Esse cenário reflete estabilidade nos preços locais e acompanha a evolução da safra americana.