Valor da produção de alho em Goiás cresce 210% em dez anos
Produção de alho em Goiás cresce 210% em dez anos e atinge recorde de R$ 738,8 milhões em 2024
Goiás se consolida como um dos principais polos da produção de alho no Brasil. Foto: Wenderson Araujo
Goiás se destaca no cultivo de alho no Brasil e ocupa a segunda posição nacional em produção e área colhida, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao longo da última década, a alhicultura apresentou forte expansão no estado.
Nesse período, o valor da produção cresceu 210,1%. Além disso, a área plantada avançou 64%, enquanto o volume produzido aumentou 57,6%. Esses números confirmam a consolidação da cultura como uma atividade estratégica para o agronegócio goiano.
Em 2024, o setor alcançou um marco histórico. O valor da produção atingiu R$ 738,8 milhões, o maior já registrado no estado. Na comparação com 2023, o crescimento foi de 31,6%. Segundo a análise da Inteligência de Mercado Agropecuário da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa), esse desempenho reflete ganhos consistentes em industrialização, conservação e processamento do alho.
Tecnologia e políticas públicas impulsionam a cultura
Para o secretário da Seapa, Pedro Leonardo Rezende, o avanço da alhicultura resulta da combinação entre investimento privado e políticas públicas. Segundo ele, a cultura ganhou espaço no agronegócio goiano graças ao uso de tecnologia, manejo eficiente e maior profissionalização da cadeia produtiva.
Além disso, os resultados ampliam as oportunidades de renda e fortalecem a inclusão produtiva em diferentes regiões do estado. Dessa forma, o alho se consolida como uma alternativa econômica relevante para produtores goianos.
Cristalina lidera e estado reduz dependência de importações
No cenário estadual, Cristalina lidera a produção de alho e responde por mais da metade do volume colhido em 2024. Na sequência, Padre Bernardo e Ipameri figuram entre os municípios com maiores produtividades do Brasil.
Outras regiões também avançam. Luziânia registrou o maior crescimento em relação ao ano anterior, enquanto Catalão quase dobrou sua produção no mesmo período. Mesmo com a cultura presente em apenas 10 municípios, Goiás mantém desempenho sólido e competitivo.
Além disso, o estado apresenta a menor dependência de importações do país. Em 2024, o Brasil importou 145,5 mil toneladas de alho. Desse total, Goiás adquiriu apenas 25,2 toneladas da Argentina, o menor volume entre os estados importadores. Esse resultado reforça a competitividade da produção goiana e a capacidade de atender à alta demanda do mercado interno.
